O Comitê Eleitoral do Zimbábue anunciou no dia 3 de agosto que Robert Mugabe foi reeleito com 61% dos votos, enquanto seu opositor, o premiê Morgan Tsvangirai, obteve 34%. Aos 89 anos, Mugabe é o mais velho líder da África. Será o seu sétimo mandato como presidente.
Antes da publicação oficial, Tsvangirai se manifestou mais uma vez dizendo que a eleição foi conduzida de forma “fraudulenta” e prometeu entrar com ação na Justiça para questionar os resultados.
Ele também ressaltou que seu partido, o Movimento para Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês), não irá se aliar mais ao de Mugabe, o Zanu-PF.
A legenda de Mugabe conquistou 137 das 210 cadeiras do Congresso. Líderes do Zanu-PF e observadores da União Africana e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) garantem que a votação e a apuração foram livres, justas e transparentes.
“A credibilidade desse processo eleitoral foi minada por violações administrativas e legais, que prejudicam a legitimidade desse resultado. Essa eleição é uma farsa que não reflete o desejo das pessoas”, rebateu Morgan Tsvangirai.
Para o diplomata Antonio Carlos de Souza Leão, representante do governo brasileiro convidado a acompanhar o pleito, que ocorreu na quarta-feira (31), a “votação foi extremamente tranquila e muito organizada”. “Bem diferente do que vimos na eleição anterior (em 2008)”, disse Souza, que é da Embaixada do Brasil em Pretória, na África do Sul.
“Houve, sim, problemas com as listas eleitorais, que foram distribuídas muito em cima da hora. Mas isso não impediu que os partidos topassem participar”, disse ele, que visitou seções eleitorais na periferia da capital Harar.
Esta matéria foi originalmente publicada pela BBC Brasil (via Agência Brasil)
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