Praticantes do Falun Gong levam mensagem à Assembleia Geral
NOVA YORK – Enquanto a comunidade internacional se reúne na Assembleia Geral das Nações Unidas, a voz dos oprimidos aumenta na Praça Dag Hammarskjold, uma pequena fatia de Nova York em frente ao edifício das Nações Unidas na qual os manifestantes estão encurralados.
Praticantes do Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, participaram no que se tornou uma visita anual à praça pela sensibilização sobre sua situação como o maior grupo perseguido na China. Mais silenciosos do que outros grupos, os praticantes principalmente meditaram e fizeram exercícios lentos de qigong, um nítido contraste com os cartazes que eles exibiam, mostrando alguns dos métodos de tortura utilizados contra praticantes na China.
Mais de 100 milhões na China praticavam o Falun Gong em 1999, quando o Partido Comunista Chinês, liderado pelo ex-líder Jiang Zemin, criou um órgão extrajudicial do Partido Comunista Chinês (PCC) com a finalidade de realizar uma campanha de perseguição em todo o país contra a prática.
Treze anos mais tarde, relatórios das Nações Unidas, da Anistia Internacional, do Departamento de Estado dos EUA e investigações independentes expuseram as atrocidades em grande escala sancionadas pelo regime comunista chinês. Em 2006, os relatórios da colheita de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong na China começaram a vir à tona.
Os canadenses David Matas, um advogado de direitos humanos, e David Kilgour, um ex-secretário de Estado, lançaram dois relatórios e um livro que detalham a prática da colheita de órgãos na China.
Matas estima que a cada ano, para abastecer os cerca de 10 mil transplantes de órgãos que ocorrem na China, 1.000 prisioneiros no corredor da morte são executados por seus órgãos, 500 transplantes vêm de doadores vivos familiares, 500 vêm de uigures, tibetanos e cristãos da igreja doméstica e 8.000 vêm do Falun Gong.
Yi Rong, presidente do ‘Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC’ de Nova York, distribuiu panfletos aos transeuntes na praça na terça-feira, na esperança de alcançar mais a comunidade internacional.
“Eles devem prestar atenção e ajudar a parar este crime terrível”, disse ela. “Nada é mais importante do que as pessoas sendo mortas e seus órgãos sendo colhidos por dinheiro.”
Luo Ma Luan tinha sido capturada e colocada num campo de trabalho por praticar o Falun Gong. Ela foi severamente torturada e inclusive privada do sono por um mês. Em outras ocasiões, ela trabalhou em turnos de 12 horas fazendo produtos como brinquedos de plástico.
Oficiais comunistas tentam forçar os praticantes do Falun Gong a renunciarem à prática por meio de tortura. Um oficial ameaçou Luo dizendo que ela seria enviada para uma área remota se não renunciasse a sua crença. Para sair do campo de trabalho, ela eventualmente assinou uma declaração de renúncia.
Luo acredita que o oficial estava indicando que ela seria enviada para uma área remota para a colheita de órgãos.
Ela disse por meio de um tradutor que aprecia o povo e o governo dos Estados Unidos, “porque me dão um lugar para praticar livremente o Falun Gong e expor a perseguição do Partido Comunista”.
Congresso
O esforço dos praticantes na ONU para chamar a atenção sobre a questão da captação de órgãos foi precedido por uma recente audiência no Congresso sobre o tema.
Liderados pelo jornalista investigativo Ethan Gutmann e Damon Noto da organização ‘Médicos contra Colheita Forçada de Órgãos’, uma audiência recente no Capitólio explorou o horrível tema da colheita de órgãos na China. Gutmann estimou que cerca de 65 mil praticantes do Falun Gong tenham sido mortos por seus órgãos.
O Rep. Dana Rohrabacher (R-Calif.), presidente da audiência, disse, “O que estamos falando é um crime monstruoso. […] Rasgar o corpo de alguém que está simplesmente envolvido numa ideia religiosa, pessoal ou política que é contrária aos desejos da elite dominante e não é uma ameaça física para o regime; isto é o crime mais monstruoso que posso conceber.”
“Essa audiência se dirige ao coração de tudo aquilo que a América defende”, disse o Rep. Rohrabacher. “Se não nos importarmos com coisas como esta, que tipo de país e pessoas nos tornaremos?”
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