Os conjuntos de galáxias são os maiores objetos no universo e variam em massa dependendo da forma como são medidas pelos cientistas. Com apenas dois de três métodos concordantes, tal problema foi apelidado de “Eixo do Mal”.
Conjuntos de galáxias contêm milhares de galáxias, tais como a Via Láctea, e medir o seu peso revela os detalhes da sua evolução e conteúdo de matéria negra.
Em física gravitacional existem 3 regiões no espectro eletromagnético que podem se medidos para obter dados sobre massa: raio-X, imagem ótica, e comprimentos de onda milimétricos.
Contudo, enquanto duas medidas se encaixam, colocar uma terceira não corrobora os valores, como se o próprio universo estivesse escondendo informações e intencionalmente impedindo a calibração, daí o apelido “Eixo do Mal”.
O novo trabalho foi apresentado no encontro Relações de Escala sobre Conjuntos de Galáxias (Scaling Relations of Galaxy Cluster, no original) organizado pelo Instituto de Pesquisa sobre Astrofísica (ARI) na Universidade de Liverpool Moores (LMJU), no Reino Unido, dia 24 de junho, ao qual compareceram mais de 40 peritos do Reino Unido, Europa e Estados Unidos.
Chris Collins, professor de Cosmologia na LMJU, organizou o encontro para juntar os astrônomos que estudam apenas um comprimento de onda, para que não houvesse cruzamento de resultados de colegas que estudam outros comprimentos de onda.
“Os resultados apresentados foram inesperados e as três comunidades (ótica, Raio-X e milimétrica) precisarão trabalhar juntas no futuro para descobrir o que está acontecendo”, disse Collins no comunicado de imprensa.
No encontro, os cientistas discutiram os resultados preliminares do satélite Planck que mede comprimentos de onda milimétricos e compara-os com imagens óticas e de Raio-X originárias do Sloan Digitized Sky Survey e do satélite XMM-Newton respetivamente.
Os membros da reunião também discutiram uma nova população de conjuntos de galáxias que possui comprimento de onda extremamente brilhante e fraca radiação de Raio-X, e talvez reaja de outra forma. Isso poderia resolver o problema “do mal”.
Contudo, Jim Bartlett, da Universidade de Paris, chamou isso de “plano assustador”, pois poderia desafiar as ideias existentes que defendem que os mesmos princípios gravitacionais se aplicam a diferentes conjuntos de galáxias, de acordo com o comunicado.
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