O estado de emergência de três décadas do Egito foi suspenso na quinta-feira pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) que governa o país.
O CSFA disse que continuará a proporcionar segurança ao Egito antes de uma transferência de poder para um governo civil no final de junho.
O conselho militar “continuará a assumir a responsabilidade de proteger a segurança nacional da nação e dos cidadãos… considerando o fim do estado de emergência declarado em conformidade com a Constituição e a lei”, reportou o jornal Al-Bawaba, citando a mídia estatal. “O estado de emergência terminou hoje”, disse um anúncio de televisão pública, de acordo com o Al-Bawaba.
O estado de emergência foi instalado em 1981 após o líder Anwar el-Sadat ser assassinado por islamitas, levando ao regime do presidente Hosni Mubarak. Desde então, ele foi renovado continuamente. Em 31 de maio, ele expirou e não será renovado.
As organizações Alkarama, com sede na Suíça, e a nova-iorquina Human Rights Watch pediram ao Egito numa declaração conjunta nesta quinta-feira para acabar com o estado de emergência, dizendo que tal lei era uma marca do governo de Mubarak. Mubarak foi deposto do poder em fevereiro de 2011.
“Levantar o estado de emergência tem sido uma das principais recomendações das entidades de proteção dos direitos humanos das Nações Unidas pelos últimos 20 anos”, disse Rachid Mesli da Alkarama. “É hora de o povo egípcio viver protegido pelo Estado de Direito sem qualquer exceção.”