O ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, derrubado pelo exército em 2013, foi sentenciado à morte neste sábado (16). No julgamento ele foi acusado de espionagem, traição, fuga da prisão, conspiração com potências estrangeiras e violência durante a revolta de 2011, segundo informações do jornal El País.
Também foram condenados à pena capital mais de 100 membros da Irmandade Muçulmana, incluindo importantes líderes como Mohamed el-Beltagy e o guia supremo do grupo, Mohamed Badie.
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De acordo com o código jurídico do Egito, o veredito ainda não é definitivo. Os réus tem de aguardar o entendimento, não subordinativo, do Grão-Múfti da República, Shawki Ibrahim Abdel-Karim Allam, uma das maiores autoridades religiosas desse país sunita, antes da decisão final em 2 de junho.
Para escapar da sentença, Morsi pode ainda recorrer da decisão ou alcançar a clemência presidencial do general Abdel Fattah al-Sissi, agora na chefia do Estado.
Horas depois do anúncio público do veredito, três juízes foram mortos a tiros na cidade de Al Arish, ao norte do Sinai – uma região de atentados habituais e de grupos jihadistas,apoiadores de Mohamed Morsi.
Depois da revolta de 2011 e da queda de Hosni Mubarak, Mohamed Morsi ganhou as eleições presidenciais convertendo-se no primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.