Um tribunal egípcio condenou o principal dirigente da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e outros 14 dirigentes e partidários à prisão perpétua nesta segunda-feira, 15, por assassinato e incitação à violência durante um protesto perto do Cairo em julho de 2013.
A sessão havia sido convocada para os depoimentos de testemunhas mas o juiz surpreendeu os presentes ao emitir o veredito.
Segundo a decisão, os condenados se reuniram no acampamento da Rabaa al Adawiya, onde manifestações pediam a restituição do presidente deposto Mohamed Morsi, para organizar manifestações nas ruas de Guizé e aterrorizar cidadãos.
Badie havia sido condenado em agosto à prisão perpétua por uso da violência, morte de civis, incitação ao terrorismo e vandalismo perto da mesquita de Al Istiqama, após o golpe de Estado que derrubou Morsi.
Centenas de integrantes da Irmandade Muçulmana foram condenados à morte em julgamentos em massa. A Irmandade foi declarada como grupo terrorista pelo governo militar.