O governo dos Estados Unidos anunciou nessa segunda-feira (27) novas diretrizes para pessoas que tenham sido expostas ao vírus ebola, em uma tentativa de unificar a resposta nacional diante de medidas mais restritivas impostas por alguns estados.
Os centros de Controle e Prevenção da Doenças elaboraram uma classificação de acordo com o risco de contrair o vírus, sendo que apenas aqueles com “alto risco” devem isolar-se em suas casas.
É considerada uma pessoa de “alto risco”, por exemplo, um profissional de saúde que se feriu com uma agulha ao prestar assistência a um doente de ebola, ou qualquer pessoa que tenha estado em contato com fluidos corporais de um infectado sem a proteção adequada.
Segundo as novas diretrizes do governo, a grande maioria dos casos – como os profissionais de saúde que chegam de países afetados – fica em uma categoria intermediária, tendo de passar por controle diário em um centro médico local e informar sua temperatura por telefone.
Se não apresentarem sintomas, essas pessoas não terão os movimentos limitados, nem ficarão isoladas em suas casas, como estabeleceram na semana passada os estados de Nova York e Nova Jersey.
Essas medidas unilaterais irritaram a Casa Branca, que tem tentado evitar o alarmismo e dar uma resposta nacional à crise de ebola, nomeando um coordenador federal, Ron Klain.
As organizações humanitárias também criticaram as restrições desses estados, considerando que elas criam um estigma e desestimulam os profissionais de saúde a viajar para a África Ocidental, onde faltam voluntários para enfrentar a epidemia.