Em 1988, a W/GGK (atual agência WMcCann) acabara de conquistar a conta da Folha de S. Paulo. O então jovem redator Nizan Guanaes veio com uma ideia genial, já pronta em sua cabeça: fazer uma propaganda de TV que mostrasse a imagem de um homem sendo formada gradualmente na tela, enquanto uma voz de fundo ia dizendo frases de elogio do tipo: “este homem salvou seu país”, “reduziu a inflação de um milhão por cento para 25% ao ano”; as frases só terminariam quando o espectador pudesse percebe de quem era o rosto da imagem, o de Adolf Hitler.
A voz diz ao final: “É possível contar um monte de mentiras só dizendo a verdade. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a informação e o jornal que você recebe”. O final seria a cereja do bolo: “Folha de S.Paulo, o jornal que mais se compra e o que nunca se vende”.
Essa propaganda baseada na ideia do jovem Nizan fez história.