Duque de Zhou, um exemplo de piedade filial e benevolência

15/05/2012 00:00 Atualizado: 01/06/2013 14:25
Duque de Zhou, um exemplo de piedade filial e benevolência (Catherine Chang/The Epoch Times)

O Duque de Zhou foi o irmão mais novo do Rei Wu. Na história chinesa, ele ficou conhecido como um bom modelo de piedade filial (respeito pelos pais e ancestrais) e benevolência.

Essas virtudes eram evidentes desde sua infância. Tão talentoso quanto seus irmãos na infância, o Duque de Zhou se destacou por sua disciplina e prática da piedade filial e benevolência.

Quando adulto, ele ajudou seu irmão, o Rei Wu, indo para o leste conquistar a Dinastia Shang. Nesse momento o regente de Shang era extremamente impopular devido a sua natureza beligerante e por viver prodigamente à custa do povo.

Com ajuda considerável do Duque de Zhou, o Rei Wu derrotou os Shang e seu notório regente, que acabou cometendo suicídio. Para conforto dos que o apoiaram e dos nobres da Dinastia Shang, o Rei Wu adotou uma política generosa e benevolente recomendada pelo Duque de Zhou, isto é, “manter os indivíduos em suas posições ao invés de matá-los”.

Eles libertaram os nobres e residentes de Shang que foram presos e abriram os armazéns para aliviar a fome. Enquanto isso, membros influentes, mas horados, da nobreza e da elite social foram encorajados a ajudar a estabelecer um Estado subserviente com o filho do último regente de Shang.

O Duque de Zhou acreditava que o céu delegaria o direito de reinar ao povo que fosse moralmente digno, também conhecido como “mandado divino”. Em contraste ao regente precedente de Shang, que criou várias leis rigorosas em seu reinado, e que causaram grande agitação popular, o Duque de Zhou desenvolveu uma série de políticas humanas para promover a virtude e consolidar a dinastia recém-criada.

Ele introduziu os ritos e a música. Ele também procurou “usar a virtude para instruir o povo e a punição com prudência” e “honrar a virtude e cuidar do povo”. Essas políticas foram elogiadas e seguidas por regentes de gerações posteriores.

O tratamento dado e a forma de recrutar pessoas talentosas adotados pelo Duque de Zhou foram seguidos por oficiais posteriores como um modelo. O Duque de Zhou pararia o que quer que estivesse fazendo para receber um sábio. Por vezes, ele interromperia lavar os cabelos ou fazer uma refeição para encontrar imediatamente com pessoas talentosas que viessem expressar suas propostas sobre como reger a nação.

Depois que o Rei Wu faleceu, o filho e príncipe herdeiro, o Rei Cheng, sucedeu-o no trono da Dinastia Zhou. Porém, uma vez que o Rei Cheng era muito jovem, o Duque de Zhou atuou como regente de Zhou por 6 anos sem nunca tentar tomar o trono para si.

Durante a regência do Duque, ele instruiu o jovem Rei Cheng sobre como governar uma nação com virtude e o aconselhou a não ser condescendente com desejos sensuais, conforto, jogo e caça. Quando o Rei Cheng cresceu o suficiente para reinar, o Duque de Zhou voluntariamente renunciou ao poder, deixando ao Rei Cheng um território consolidado.

Em seus últimos anos, o Duque de Zhou trabalhou arduamente na introdução dos ritos e da música, e continuou a melhorar várias instituições e regulamentos. Ele desenvolveu uma série compreensiva de ritos de Zhou, na qual detalhava os requisitos para costumes e leis, que iam desde política nacional até o comportamento dos indivíduos.

Os ritos de Zhou continham um número de instituições legais, tais como o sistema patriarcal (para manter o reinado hereditário da nobreza, incluindo que o filho mais velho da consorte herdaria o trono e os outros filhos da consorte, concubinas e amantes receberiam títulos), um sistema feudal (para nomear e dividir a terra entre os membros da família real), e um sistema de ritos (cerimônias e procedimentos usados para importantes questões nacionais).

Os ritos também incluíam questões da vida diária, tais como casamentos e funerais, ritos de passagem, sacrifícios, e assim por diante.

Mais tarde, os estudiosos de Confúcio compilaram um livro especial com os ritos de Zhou. Por cerca de dois mil anos, os princípios centrais dos ritos de Zhou, de benevolência, retidão, decoro, sabedoria e confiança, foram as normas de comportamento moral do povo chinês.

Os ritos de Zhou, introduzidos pelo Duque de Zhou, foram passados de geração a geração e têm sido considerados um tesouro da cultura chinesa. Os ritos de casamento ainda tem considerável influência sobre o povo chinês de hoje.

A Dinastia Zhou (1122-221 a.C.) foi a mais longa dinastia da história chinesa e durou 900 anos antes de ser sucedida pela Dinastia Qin, de acordo com historiadores tradicionais chineses.

Historiadores chineses dividem a Dinastia Zhou em dois períodos em 770 a.C.; o Zhou Ocidental de 1122 a.C. até 770 a.C., e o Zhou Oriental de 771 a.C. até 221 a.C. No entanto, o Rei Wen, o Rei Wu, Jiang Ziya e o Duque de Zhou do período Zhou Ocidental são os mais conhecidos por suas grandes contribuições à história chinesa.

A Dinastia Zhou é considerada o apogeu da cultura tradicional chinesa. Ambos os sistemas ético e filosófico chineses, como o confucionismo e o taoismo, foram desenvolvidos neste período, o que marcou profundamente as gerações posteriores na China.

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