Em mais um pregão de alta, o dólar subiu 1,5% nesta quarta-feira (1), batendo 2,4848 reais (venda). O nível atual do câmbio é maior do que o visto na crise de 2008, de 2,45 reais. Na terça-feira, a moeda americana já havia caído 0,31% no fechamento da sessão, cotada a 2,4480 reais na venda. Em setembro, a moeda teve alta de 9,33%, a maior variação mensal desde setembro de 2011, quando a valorização foi de 18,15%. Na máxima desta quarta-feira, o dólar chegou a 2,4871 reais, alta de 1,59%.
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,6 bilhão de dólares. O cenário eleitoral – com a melhora da presidente Dilma Rousseff na corrida à Presidência – e os riscos que o aumento das taxas de juros americanas podem trazer aos fluxos cambiais globais pesam na sessão. A expectativa do mercado é de que o banco central americano, Federal Reserve (Fed), eleve ano que vem os juros básicos, que hoje se encontram próximos de zero. Assim, poderá ocorrer uma entrada massiva de dólares (investimentos) nos Estados Unidos e a consequente saída desse dinheiro dos mercados emergentes.
Na noite de terça-feira, foram divulgados os dados da pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo e os do Datafolha. Segundo o Ibope, em um segundo turno entre a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e a candidata Marina Silva (PSB), Dilma oscilou de 41% para 42% das intenções de voto e Marina caiu de 41% para 38%, uma situação no limite do empate técnico. Pelo Datafolha, num eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente tem 49% das intenções de voto e a candidata do PSB, 41%.
Na semana passada, Dilma tinha 47% e Marina, 43%. O Banco Central divulgou nesta quarta-feira que o fluxo cambial ficou positivo em 3,561 bilhões de dólares em setembro (até o dia 26). As operações financeiras respondem por uma entrada líquida de 2,601 bilhões de dólares, diferença entre ingressos de 40,903 bilhões de dólares e retiradas de 38,302 bilhões de dólares.