Dois manifestantes foram levados sob custódia das forças de segurança pública, após um grupo de direitos humanos em Guizhou realizar uma cerimônia pública em 28 de maio pelo 23º aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) de 1989.
Cerca de três horas da tarde, em 28 de maio, manifestantes apareceram na Praça do Povo na cidade de Guizhou no sul da China com faixas dizendo, “23º aniversário do incidente de 4 de junho de 1989” e “Exigimos firmemente a libertação do prisioneiro da consciência Chen Xi”, segundo os Defensores dos Direitos Humanos Chineses (DDHC), um grupo baseado em Hong Kong.
Os manifestantes pertencem a uma organização clandestina chamada “Janela dos Direitos Humanos de Guizhou” (JDHG). Chen Xi, um membro da organização, foi condenado a 10 anos de prisão em dezembro de 2011 por defender os direitos humanos na China.
“A atividade deste ano surpreendentemente não foi interrompida pelas autoridades. As pessoas ficaram na Praça do Povo até 5 horas, após o encontro terminar”, segundo o Sr. Zhang, um participante no protesto que mais tarde falou com os DDHC.
Dois dias depois, em 30 de maio, os DDHC informaram que Yong Zhimin, um participante no protesto, foi preso. As autoridades acusaram Yong de colocar fotos do protesto na internet.
O fundador da JDHG, Mi Chongbiao, também foi preso. O filho de Mi, Mi Zhuheng, disse numa entrevista por telefone com os DDHC que quando chegou a casa em 30 de maio, o apartamento parecia ter sido saqueado, e a Secretaria de Segurança Pública havia levado seus pais.
O Massacre de Tiananmen de 1989 ainda é um assunto proibido na China, na mídia e online.
No entanto, a recente instabilidade política no Partido Comunista Chinês (PCC) viu a intenção da facção pró-reforma de reparar o incidente, de acordo com relatórios recentes e fontes de alta posição que têm discutido o assunto com o Epoch Times. É dito que o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao abordou o assunto em reuniões da liderança com oficiais do PCC.