Doenças degenerativas: o que a ciência ocultou de você

09/02/2015 08:32 Atualizado: 09/02/2015 00:35

É um fato que a nossa sociedade acostumou-se às doenças.

Hoje as questões da saúde humana estão, em grande parte, voltadas ao estudo dos vírus e das infecções, ao controle das doenças cardiovasculares, do diabetes, da osteoporose, e ficamos na expectativa de alguma vacina ou panaceia milagrosa que cure definitivamente doenças como o câncer, a AIDS, o Mal de Alzheimer e outras.

A medicina deixou os cuidados com a saúde e as orientações para uma vida saudável – coisas que outrora eram as bases da verdadeira medicina e dos grandes médicos – em detrimento de focar-se no extermínio de micro-organismos.

Hoje, tutoriada pela indústria farmacêutica, a medicina tornou-se mais uma ferramenta para os grandes laboratórios venderem remédios, do que a ciência de orientar para a saúde e curar doenças.

Mas, mesmo sendo responsável por muitos desvios da verdadeira prática médica, a medicina contemporânea não é a única culpada pela má saúde média da população mundial.

Ampliando as lentes e o conhecimento

As nações que se desenvolveram associadas ao gigantesco processo de industrialização global pós-Revolução Industrial criaram sociedades complexas, fundamentadas na ciência moderna, a qual supunha ter estabelecido as bases para o entendimento e o controle dos processos físicos e biológicos, incluindo a saúde humana.

O extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico habilitou as nações a edificarem um mundo novo, proporcionando, inclusive, novas condições de moradia e saneamento ambiental para milhões de pessoas, o que, junto com o descobrimento e o desenvolvimento dos antibióticos, praticamente eliminou as graves epidemias infecciosas.

Além disso, possibilitou uma ampliação incrível das pesquisas sobre o universo, tanto no aspecto microscópico, através das pesquisas dos micro-organismos e do mundo subatômico, como no macroscópico, através da astronomia e da astrofísica: o homem moderno passou a enxergar a vida minúscula que povoa o mundo e que também o habita (bactérias, vírus, anticorpos, fungos etc), mas também retirou os olhos do pequeno planeta em que habita para redimensionar-se dentro de um vatíssimo e absolutamente complexo cosmos.

A ciência ampliou suas lentes e o seu conhecimento, tornando visível o que outrora apenas pousava no campo da especulação e das hipóteses, e, ao mesmo tempo, instrumentalizou o homem para lidar com boa parte das instâncias materiais da vida e interagir voluntariamente para o controle e o direcionamento dos processos, afim de manipular as diferentes matérias, obter bens e o domínio sobre a vida.

A partir do controle e uso dos rios, da energia elétrica, dos processos químicos, das brilhantes técnicas cirúrgicas, da manipulação genética e até das assombrosas viagens interplanetárias, o homem vem ganhando domínio sobre os processos materiais em praticamente todos os âmbitos da vida.

E é por isso que à ciência contemporânea é dado o aval máximo e o posto de orientadora e de lider em relação aos rumos e decisões que regulam e dirigem as sociedades contemporâneas: nós a coroamos como a governante de nossas vidas e destinos.

Mas, se a ciência tem dirigido tão bem as nossas escolhas e rumos, opinado e atuado tão eficientemente para o nosso progresso em tantas frentes, porque as doenças degenerativas continuam se alastrando e aumentando e a ciência médica tem sido tão ineficiente em previní-las e saná-las?

A resposta é complexa, desagradável e difícil de ser admitida, mas serve às pessoas sérias, aos cientistas íntegros e aos profissionais da saúde que realmente amam o que fazem: a mesma ciência que proveu as sociedades de incalculáveis conhecimentos e tecnologias valiosas, vem cegamente arruinando-as com tantos outros conhecimentos aparentemente corretos e tecnologias aparentemente positivas, mas que são, na verdade, erros graves (intencionais ou não) e enganos que vêm gerando sérias consequências.

Não é novidade que os pesticidas, o uso maciço de hormônios e antibióticos, as radiações nucleares, os transgênicos e outros tantos elementos criados pela ciência produziram graves danos aos seres humanos e efeitos devastadores para o planeta.

Porém, ainda existe uma outra questão crucial que, apesar de ter sido “martelada” e alertada com veemência por higienistas, naturalistas, bons médicos e cientistas idôneos durante décadas, não foi até hoje assumida completamente pela comunidade científica e nem pela indústria alimentícia, por óbvios interesses financeiros: o refinamento e o “beneficiamento” dos alimentos industrializados como causa essencial das doenças modernas.

Essa questão é tão fundamental para a saúde que chegam a ser criminosas as omissões das autoridades sanitárias, da indústria alimentícia, dos cientistas e da própria medicina a esse respeito. Isso porque a alteração dos alimentos durante esse processo de transformação industrial empobrece e/ou deforma as caracteríscas originais de muitos alimentos de tal forma que praticamente todas as doenças degenerativas, como o câncer, o diabetes, os problemas cardíacos, a hipertensão, a osteoporose, as cáries, os problemas ortodônticos, a obesidade, a síndrome metabólica, os distúrbios hormonais femininos e outras, têm suas causas na alimentação moderna.

Não importa o quanto se combatam essas doenças e o seu avanço com remédios, porque suas causas estão na alimentação disfuncional. Não importam quantas pesquisas sejam feitas para entender as causas microbiológicas do câncer, seja ele de pele, intestinal, de próstata, ou outros, a maioria se deve a uma profunda desorganização funcional do metabolismo, devido a carências nutricionais e intoxicações químicas crônicas advindas dos alimentos industrializados (Claro que existem questões emocionais severas também associadas ao câncer, mas mesmo essas são desconsideradas pela ciência oficial).

Descobertas nesse sentido foram feitas por grandes e imparciais cientistas. Suas constatações e descobertas são claras, lógicas e, muitas vezes, simples e evidentes, mas devido à ameaça que essas descobertas representam para o status e para os ganhos de muitos cientistas, assim como para a ambição de muitos empresários e industriais ligados à produção de alimentos, suas pesquisas e descobertas foram ocultadas, desacreditadas, ou mesmo impedidas de serem amplamente divulgadas para o público.

Nós vamos abordar algumas dessas pesquisas e descobertas – algumas das quais fascinantes – nos próximos artigos, e pretendemos oferecer recursos corretos e biologicamente ideais para o saneamento de algumas dessas doenças degenerativas.

 

Alberto Fiaschitello é terapeuta naturalista e cientista social