As doenças crônicas causam 85% de todas as mortes na China, afirma um relatório recém-publicado do Ministério da Saúde da China. As estatísticas são significativamente mais elevadas do que a média mundial, que atribui 65% das mortes por doenças crônicas, segundo calculado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“As doenças crônicas têm se tornado um problema social e de saúde significante que previne que nossos residentes tenham vidas mais saudáveis e melhor desenvolvimento econômico”, afirma o relatório, que foi publicado no website do Ministério da Saúde em 10 de julho.
Por definição, as doenças crônicas são “doenças de longa duração e progressão geralmente lenta. Doenças crônicas, como doenças cardíacas, derrame, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes”, segundo a OMS.
Segundo o relatório, há cerca de 260 milhões de pacientes com doenças crônicas na China, sendo que doenças respiratórias crônicas, doenças cardíacas, tumores malignos e diabetes são as mais comuns.
As doenças respiratórias crônicas, em particular, tornaram-se cada vez mais problemáticas devido à poluição causada pelas indústrias da China. A embaixada dos EUA em Pequim fornece atualizações sobre a qualidade do ar através de sua conta @BeijingAir do Twitter. Na madrugada de 11 de julho, hora local, o Índice de Qualidade do Ar (IQA) de Pequim foi medido em 131 e considerado “insalubre para grupos sensíveis”. Isto é quase três vezes maior do que em outras grandes cidades. Na época do relatório, o IQA era 47 em Nova York, 40 em Paris e 46 na Cidade do México.
As doenças crônicas na China têm estado numa ladeira íngreme desde que o regime adotou sua reforma econômica no início dos anos 80. Entre 1986 e 1999, as taxas de morte por doença cardíaca aumentaram entre 200 e 300% para pessoas entre as idades de 35 e 44. Este número dobrou para pessoas com idade entre 45 a 54, segundo um relatório de 2004 da Associação Médica Americana.
A força motriz de trabalho do país é o grupo principal que sofre de doenças crônicas na China. Estima-se que a China perdeu 18 bilhões de dólares em renda nacional devido a doenças de coração em 2005. Isto foi o dobro da Índia e 10 vezes mais do que o Reino Unido, segundo o relatório “Prevenção de Doenças Crônicas” publicado pela OMS.