Em princípio, todas as doenças iniciam-se em nossa mente. Todos os desequilíbrios em nossas funções orgânicas derivam de mudanças importantes que ocorrem em nossa mente.
Nosso corpo responde 100% aos nossos estados de humor, modificando-se fielmente segundo o que lhe transmitimos emocionalmente. Isto faz do nosso corpo uma ferramenta inigualável. Nada no mundo entende e executa nossos desejos, impulsos e comandos como o nosso organismo. Mas, também devido a isso, podemos adoecer gravemente, já que nossos estados de ânimo podem ser muito desequilibrados, exacerbados, crônicos ou anti-naturais.
Pergunte a si mesmo: em quais estados de ânimo você tem se encontrado recentemente ou mais frequentemente? Ou, quando você adoeceu, que tipo de situação você estava vivendo em sua vida? Como se sentia naquela época ou naquela circunstância?
Os estados interiores (sentimentos, pensamentos, expectativas, desejos, frustrações) determinam nossas posturas interiores. Eles determinam como nos sentimos e como nos colocamos internamente frente a eventos, circunstâncias ou momentos de nossa vida. São esses tipos de reações internas (nossas reações e posturas emocionais) que passam a ser as nossas formas de expressão e realidade interior (as quais nem sempre mostramos aos outros, e sobre as quais muitas vezes tampouco temos consciência clara e total). E, uma vez que frente às circunstâncias da vida adotamos essas formas de respostas internas, o nosso organismo cumpre com nossas ordens de forma imediata e total. Para o nosso organismo, nossos sentimentos e emoções são verdades absolutas, a partir das quais ele reage de forma fiel e total.
Pessoas adoecem ou mesmo têm colapsos (desmaio, infarto, pico hipertensivo, AVC) depois de receberem más notícias. Outras desenvolvem doenças crônicas (gastrites, úlceras, enxaquecas) por estarem vivendo situações opressivas ou estressantes. Ainda outras desenvolvem doenças complexas e profundas, devido a posturas e sentimentos crônicos muito fortes ou anti-naturais, sobre os quais são praticamente inconscientes (doenças autoimunes, degenerativas, neoplásicas).
Mesmo algumas doenças infecciosas acometem indivíduos devido a estados emocionais intensos. É comum que depois de uma discussão, uma pessoa comece a ter dor de cabeça, dor de garganta, dor de estômago e, posteriormente, surjam infecções (uma amidalite ou uma gastrite infecciosas). Após a discussão, a pessoa mantém emoções fortes ainda presas em sua garganta ou no seu estômago e acaba contraindo a região para segurar suas fortes expressões verbais e físicas. Isso provoca um desequilíbrio nas funções do órgão ou de estruturas orgânicas, afetando o fluxo da energia, do sangue, das linfas etc. Isto ocasiona, entre outras coisas, um desequilíbrio no pH (qualidade físico-química ideal dos tecidos ou meios orgânicos) natural da região, altera a temperatura local, o que torna a pessoa suscetível à infecções.
Apesar disso, é claro que algumas doenças são puramente contagiosas, hereditárias, devido à desnutrição, a circunstâncias ambientais, intoxicações. Mas, quando investigamos a fundo nossas doenças, invariavelmente encontramos relações com os nossos estados emocionais (medos, mágoas, tristezas, raivas, traumas, tensões, frustrações, ansiedades).
É enorme o número de pessoas que se cura de suas doenças – inclusive graves – depois de perceber e entender os estados emocionais que estão por trás das mesmas. A verdadeira cura desses distúrbios acontece após a remoção da causa fundamental, que é normalmente uma reação emocional não compreendida ou um estado mental interior não-saudável que interfere de forma importante no funcionamento do corpo. As doenças começam e terminam através da mente.
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Alberto Giovanni Fiaschitello é terapeuta naturalista e cientista social