Estudo do DNA demonstrou que houve migrações importantes tanto do Oeste Europeu como da Eurásia
Pesquisadores analisaram o DNA de esqueletos de mais de sete mil anos encontrados na Alemanha e descobriram que pelo menos parte dos europeus sofreu uma alteração genética radical e inexplicável entre quatro a cinco mil anos atrás, segundo a Universidade de Adelaide.
O estudo de DNA publicado em 24 de abril mostrou que houve importantes migrações tanto do Oeste Europeu como da Eurásia.
A equipe usou o DNA de ossos e dentes pré-históricos dos esqueletos que provêm de 7.500 anos atrás. Acredita-se que o DNA matriz que existia naquela época esteja em cerca de 45% dos europeus.
O material genético revelou que os agricultores da Europa Central receberam uma contribuição genética significativa há 7.500 anos de uma migração da Turquia e do Leste próximo, diz o autor do estudo, Dr. Paul Brotherton, da Universidade de Huddersfield no Reino Unido.
“O que é interessante é que os marcadores genéticos da primeira cultura pan-europeia, que tiveram claramente um grande sucesso, foram logo substituídos cerca de 4.500 anos atrás, e não sabemos pelo quê. Algo importante ocorreu”, disse Brotherton, observando que é necessário investigar isso agora.
Concluiu-se que a Europa moderna estabeleceu sua base genética no período Neolítico Médio, no entanto, essas mesmas bases genéticas foram modificadas por uma “mudança drástica” há 4.000 anos, disse o Dr. Wolfgang Haak do Centro Australiano para DNA Antigo (ACAD) de Adelaide, quando receberam migrações da Ibéria e do Leste Europeu.
Desde 2.800 a.C., a região da Ibéria recebeu uma nova e importante migração, que centenas de anos mais tarde chegou à Alemanha, explicou Brotherton. “Esse é um grupo muito interessante, pois se relaciona com a expansão das línguas celtas ao longo da costa do Atlântico e na Europa Central.”
Esse foi o primeiro estudo da população antiga da Europa que usou um grande número de genomas mitocondriais, destacou a Universidade. “O primeiro registro de alta definição genética para essa linhagem.” Os arqueólogos de DNA acreditam agora que podem determinar a dimensão da população e sua evolução num escala de tempo mais precisa.
“O presente trabalho mostra o poder da arqueologia e do DNA antigo para reconstruir a história evolutiva humana através do tempo. Atualmente estamos ampliando essa abordagem em toda a Europa”, disse o Prof. Kurt Alt da Universidade de Mainz, Alemanha, integrante do estudo recém-publicado.
—
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT