Quando o ex-líder chinês Jiang Zemin começou sua brutal repressão à prática espiritual do Falun Gong em 1999, ele fez isso com outros membros do Partido Comunista Chinês (PCC), especialmente militares e do aparato de segurança.
“Jiang Zemin […] reconhece a ameaça do Falun Gong como ideológica: as crenças espirituais contra o ateísmo militante e o materialismo histórico”, escreveu a estudiosa Julie Ching na época. “Ele quer limpar o governo e os militares de tais crenças.”
Agora, os primeiros entre uma inundação de saudações enviadas ao fundador da prática do Falun Gong, o Sr. Li Hongzhi, por ocasião do Festival de Meados de Outono na China, ou Festival da Lua, são aqueles vindos dos mesmos órgãos estatais que Jiang Zemin atacou vigorosamente 13 anos atrás.
O Festival da Lua, que ocorreu em 30 de setembro este ano, é um significativo feriado tradicional chinês, em que as famílias se reúnem, muitas vezes presenteando uns aos outros com os icônicos bolos de lua chineses. Praticantes do Falun Gong também aproveitaram a oportunidade de tais feriados para postarem mensagens em primorosos e adornados cartões eletrônicos para seu mestre espiritual.
“Praticantes do Falun Dafa do sistema judicial desejam ao Compassivo Grande Mestre um Festival de Meados de Outono feliz. Todos os discípulos sentem saudades!”, diz uma nota, acompanhada por um radiante barco dourado, navegando o oceano sob um arco-íris. As imagens foram enviadas para um website do Falun Gong, o Minghui.org, que as publicou em vários artigos.
“Praticantes do Falun Dafa servindo na indústria militar desejam ao Mestre um Festival de Meados de Outono feliz. Obrigado Mestre, por sua salvação compassiva”, diz outra mensagem, que apresentava uma Bodhisattva (uma divindade na tradição budista) voando numa nuvem celestial, enquanto uma divindade assistente segura um pergaminho brilhante impressos com os caracteres chineses dos princípios guias do Falun Gong: verdade, compaixão e tolerância. A menção de “salvação compassiva” na mensagem se refere ao que os praticantes do Falun Gong acreditam ser o poder de seus ensinamentos para efetuar a transformação interior e purificar aqueles que os adotam.
Saudações regularmente apresentam objetos naturais e cenas: a lua iluminando ramos de flores de cerejeira, flores brilhantes, rosadas e vermelhas, paisagens arrebatadoras de montanhas e rios, flores de lótus florescendo numa lagoa, pagodes e um nascer do sol glorioso. Eles expressam a esperança pelo fim da perseguição na China e a gratidão ao fundador da prática por sua fortaleza em face da campanha do Partido Comunista.
Levi Browde, diretor-executivo do Centro de Informação do Falun Dafa baseado em Nova York, disse que os cumprimentos mostram a natureza da prática. “O Falun Gong é algo pelo qual as pessoas sentem apreço. É algo que está muito próximo do coração das pessoas e o fato de que eles tomariam algum tempo para expressar esses sentimentos mostra claramente como, em seu coração e alma, o Falun Gong é altamente pessoal e que toca o coração de forma profunda.”
“As pessoas muitas vezes têm o mal-entendido de que o Falun Gong é um movimento social”, disse Browde. “Não é.”
As saudações também exemplificam o fato de que os praticantes do Falun Gong são encontrados em todos os cantos da sociedade chinesa, apesar da perseguição de 13 anos que tem tentado “difamar sua reputação, fali-los financeiramente e destruí-los fisicamente”, como foi determinado numa infame ordem interna do Partido Comunista que foi transmitida logo após o início da campanha.
Além daqueles nos sistemas judiciais e militares, saudações vieram de proprietários de pequenas e médias empresas, funcionários de bancos estatais, agricultores, estatísticos, profissionais do setor financeiro, burocratas, funcionários ferroviários e agentes imobiliários, de seguros, florestais, fiscais, da eletricidade e do meio ambiente, entre muitos outros que foram listados.
“Você tem um amplo espectro da sociedade chinesa, geográfica, social e economicamente, que dá voz ao fato de que eles não só praticam o Falun Gong, mas se sentem fortes e positivos sobre a prática”, disse Browde. “Isso expõe como é uma mentira a alegação do Partido Comunista de que o Falun Gong é um grupo marginalizado que foi esmagado. É exatamente o contrário.”
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