Congressistas e membros da assembleia canadense condenam a perseguição ao Falun Gong que ocorre na China
EDMONTON – David Swann, um liberal e membro da assembleia legislativa de Alberta, disse que a decisão do Canadá sobre a proposta da companhia petrolífera estatal chinesa pela empresa canadense Nexen baseada em Calgary deveria ser baseada nos princípios dos direitos humanos.
Swann falou num comício na terça-feira no Legislativo de Alberta, em Edmonton, Canadá, que tinha como objetivo aumentar a conscientização sobre a perseguição aos praticantes do Falun Gong na China e sobre a colheita ilegal de órgãos desses prisioneiros da consciência enquanto ainda estão vivos.
Ele disse que está chocado que esta perseguição que começou em 1999 continue até hoje. “Todos nós mal podemos acreditar que seja possível no século 21 que esta colheita de órgãos contra a vontade do povo, incluindo prisão, tortura e morte, esteja acontecendo estritamente devido à escolha do povo de sua fé e tradição espiritual”, disse Swann.
À luz da evidência de que a Companhia Nacional de Petróleo Offshore (CNOOC) chinesa participou e continua a participar da perseguição ao Falun Gong, também chamado Falun Dafa, Swann disse que o Canadá tem agora uma importante decisão a tomar sobre se permitirá que a CNOOC ganhe o controle de ativos em Alberta.
‘A questão do cidadão global’
“Esta não é uma questão local, provincial ou nacional do Canadá; é uma questão do cidadão global”, disse Swann. “Todos temos de desempenhar um papel em elevar nossas vozes, dizendo que não aceitaremos isso, que não admitimos isso.”
O governo federal atualmente está revendo a proposta de aquisição da Nexen pela CNOOC para determinar se o acordo terá benefício líquido para o Canadá.
Swann, o ex-líder da oposição oficial em Alberta, disse que os direitos humanos devem vir em primeiro lugar na avaliação, acrescentando que a decisão do Canadá sobre esta questão se tornará parte do legado que será proferido “não só para nossos filhos […], mas também para os cidadãos do mundo.”
“Eu estou firme e sei que todos os liberais no Canadá também estão, todos os cidadãos de consciência no Canadá se posicionam com o Falun Dafa contra esta atrocidade”, disse ele.
A revisão obrigatória de 45 dias do governo federal sobre a aquisição de 15,1 bilhões de dólares teria terminado neste mês, mas o governo a estendeu por mais 30 dias.
Participação da CNOOC na perseguição
O Epoch Times teve conhecimento de vários casos de praticantes do Falun Gong sendo presos pelas forças de segurança da CNOOC e em muitos casos sendo enviados à força para centros de detenção e instalações de lavagem cerebral.
Lucy Zhou, uma porta-voz da Associação do Falun Dafa do Canadá, disse que a aprovação da aquisição pelo Canadá deve depender de uma garantia da empresa de que não mais demitirá, deterá ou participará de torturas e prisões de praticantes do Falun Gong.
Embora reconhecendo que a decisão seja uma questão federal, Swann disse que o governo de Alberta também deveria tentar influenciar Ottawa para garantir que os direitos humanos sejam respeitados.
“Se o teste de interesse líquido público é o usado pelo governo federal, então, o governo de Alberta tem de fazer seus comentários sobre se isto é ou não de interesse público e, para muitos de nós, isto viola as crenças fundamentais de muitos sobre o que significa ser um canadense”, disse Swann ao Epoch Times.
“Eu acho que é hora de o primeiro-ministro se posicionar e condenar esta importante informação [a perseguição ao Falun Gong], que ocorre há uma década e continua relacionada com a CNOOC.”
“É preciso ser claro com [a CNOOC] que não podemos lidar com empresas no país a menos que estejam preparadas para parar, renunciar completamente e eliminar este tipo de discriminação e violações da humanidade.”
“Total desrespeito” pelos direitos
Brent Rathgeber, congressista conservador de Edmonton-St. Albert, não pôde comparecer à reunião em pessoa, pois o Parlamento estava em sessão nesta semana, mas enviou uma carta condenando a perseguição ao Falun Gong na China.
A carta, que foi lida no comício, disse que um grupo como o Falun Gong, que promove os princípios universais de verdade, compaixão e tolerância, não deve ser perseguido. “A atual perseguição do governo chinês mostra um completo desrespeito pelos direitos humanos básicos e fundamentais e pela tolerância”, escreveu ele.
Notando que ele serve como presidente dos ‘Amigos Parlamentares do Falun Gong’, Rathgeber disse que tenta educar outros parlamentares, a mídia e o público sobre a atual perseguição ao Falun Dafa. “Estou confiante de que a defesa e a conscientização contínuas levarão à mudança e a uma maior tolerância pelo Falun Dafa na China”, disse Rathgeber.
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