Após negar Davos por três vezes, Dilma finalmente aceitou o convite para participar do Fórum Econômico Mundial. A intenção era melhorar a imagem do país no exterior após 3 anos de um governo que já não consegue convencer investidores minimamente críticos. Segundo a BBC, o discurso soou correto, mas a plateia se mostrou cética diante das promessas da presidente.
Antes de rumar para Cuba, onde muda de lado e transforma-se, graças ao BNDES, em investidora dos aliados políticos – contribuindo com 682 milhões de dólares dos 957 milhões necessários para as obras de modernização do Puerto de Marie –, Dilma fez uma controversa parada em Portugal. A hospedagem não prevista na agenda oficial divulgada pela assessoria na última sexta só ganhou alguma explicação do Planalto na tarde de domingo, após ter sido descoberta por alguns veículos brasileiros.
A desculpa oficial citou a necessidade de respeitar a autonomia de voo do Airbus 319 presidencial, mas o que chamou a atenção da grande mídia mesmo foram os custos elevados da estadia. Dilma e sua comitiva ocuparam 45 quartos em dois dos mais caros hotéis de Lisboa com custos que teriam chegado a 71 mil reais. Sem dar explicações, a presidente partiu para Havana saindo pela porta dos fundos do Hotel. O PSDB, principal partido da oposição, emitiu nota criticando o ocorrido:
“É uma gastança desnecessária, que não condiz com a situação econômica do nosso país e muito menos com as dificuldades com as quais os brasileiros são obrigados a conviver todos os dias, como inflação alta e serviços públicos precários, problemas que Dilma não consegue resolver. São esses mesmos cidadãos que, obrigados a passar por privações e dificuldades financeiras, estão bancando o final de semana da presidente e de seus assessores.”
O PT e Portugal
Não é a primeira vez que uma passagem de um presidente petista por Portugal levanta suspeitas. Em dezembro de 2012, chamou atenção o depoimento de Anthony Garotinho que dizia saber de fontes seguras que Rosemary Noronha teria visitado o país com 25 milhões de euros em uma mala diplomática. Seria tanta grana que autoridades alfandegárias teriam sugerido o transporte por intermédio de um carro-forte. A viagem teria ocorrido na companhia de Lula. A quantia teria sido depositada na agência central do Banco Espírito Santo em Porto.
Rosemary tinha ficado mais famosa um mês antes, quando estourou o “Rosegate”. Na época, foi indiciada pela Polícia Federal por crime de corrupção ativa e ameaçada de prisão a qualquer momento. Sobre o assunto, só deu entrevista um ano depois, sempre se dizendo inocente. Ela havia chegado à chefia do gabinete da presidência da República, em São Paulo, por indicação do próprio presidente Lula após 12 anos de serviços prestados a José Dirceu.
Esse artigo foi originalmente publicado pelo Implicante