Ao ler diariamente os jornais, qualquer um pode perceber que a presidente Dilma Rousseff deve estar com um algum problema que afeta seu raciocínio. Na verdade, já faz tempo que ela mostra dificuldades para se expressar com clareza, e a internet está infestada de vídeos dos seus pronunciamentos de improviso, nos quais ela se atrapalha toda e não consegue se expressar com a clareza que seria de se esperar.
Esta semana, essa estranha situação atingiu o ápice, quando Dilma Rousseff inaugurou os primeiros 20% das instalações do Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema, no Estado do Rio de Janeiro.
Em seu discurso, a presidente disse que o novo hospital será exemplo de atendimento de alto nível aos brasileiros. “A parte bastante cara é a manutenção e o governo federal a dará todos os anos para esse hospital de referência e de alta qualidade. Pois é inadmissível que o povo não tenha nível de saúde da mais alta qualidade e essa atenção como a daqui”, disse ela, toda atrapalhada, como sempre.
A declaração causa estupor, porque ela se comporta como se não fosse responsável pelo baixo nível do atendimento médico oferecido à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Seu partido, o PT, está no poder 1º de janeiro de 2003 e todos os brasileiros sabem que o serviço de saúde público não melhorou em nada nestes 11 anos e meio. Pelo contrário, há evidências de que está até piorando, e a presidente se comporta como se não tivesse nada a ver com isso.
Cada vez menos leitos
Em setembro de 2012, o Conselho Federal de Medicina denunciou que o número de leitos hospitalares no Brasil sofreu uma redução de 10,5% entre 2005 e 2012. Levantamento feito com base nos dados apurados junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (controle mantido pelo Ministério da Saúde) mostrou que, em sete anos, houve uma redução de 41.713 leitos hospitalares no SUS. O estado mais prejudicado pela queda foi Mato Grosso do Sul, com uma perda de 26,6% dos leitos.
Mais recentemente, o Conselho Federal de Medicina fez novo levantamento, também com base em dados do Ministério da Saúde, e revelou que entre janeiro de 2010 e julho de 2013 quase 13 mil leitos do SUS foram desativados, em pleno governo Dilma Rousseff.
E agora é a própria presidente da República que vem a público dizer ser inadmissível que o povo não tenha uma assistência médica de alta qualidade. Ora, todos concordam com essa declaração. O que espanta é que a chefe do governo parece não entender que a culpa pelo baixo nível do atendimento é justamente dela, pois sua responsabilidade é intransferível.
É preocupante constatar que a presidente Dilma não esteja compreendendo essa situação. Tudo indica que desta vez é ela está precisando de atendimento médico. Mas é claro que não ira se tratar no SUS. No Brasil, políticos e autoridades são uma coisa (a elite branca) e o povo é outra coisa (a ralé).
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