Quem se esforça em perder peso precisa de apoio para conseguir isso. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Baylor College of Medicine (Faculdade de Medicina de Baylor), publicado em 15 de outubro na revista “American Journal of Medicine”, disse que as pessoas envolvidas em um programa comunitário de perda de peso obtêm melhores resultados do que aquelas que tentam por conta própria.
Pessoas que participaram de programas como o “Vigilantes do Peso” perderam 4,58 kg, em média, ao longo de seis meses, enquanto aqueles que tentaram por conta própria perderam 0,59. As 147 pessoas designadas para o programa “Vigilantes do Peso” tinham oito vezes mais probabilidade do que aqueles que fizeram dieta por conta própria de perder cinco por cento do seu peso total. De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, da sigla em inglês), o limite de cinco por cento é importante, pois é suficiente para reduzir os riscos à saúde.
No programa “Vigilantes do Peso”, os participantes recebiam três ferramentas, chamadas rotas de acesso. Eram reuniões de grupo, aplicativos para celulares e ferramentas na internet. Notou-se que quanto mais estas rotas de acesso eram usadas simultaneamente, mais peso perdia o participante. A participação nas reuniões foi o indicador mais importante em termos de perda de peso em comparação com as demais rotas de acesso.
“Este estudo sugere que aqueles que entram em um programa de perda de peso munidos de informação da internet, aplicativos para celular econômicos ou gratuitos e das redes sociais terão pouca probabilidade de obter o mesmo sucesso que aqueles que seguem a abordagem dos Vigilantes do Peso”, disse Karen Miller-Kovach, mestre, nutricionista formada, co-diretora científica dos Vigilantes do Peso Internacional e co-autora do estudo, em um comunicado de imprensa.
De acordo com o National Institute of Health (Instituto Nacional de Saúde), 70% da população dos EUA está acima do peso ou obesa. A Força-Tarefa dos Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF, da sigla em inglês) recomenda aos prestadores de cuidados primários de saúde fornecer ou encaminhar os pacientes com obesidade para a Terapia Comportamental Intensiva (IBT, da sigla em inglês), conforme estipulado na Lei de Assistência Acessível.
“Considerando a epidemia de obesidade que enfrentamos como nação, é necessário que os prestadores de cuidados de saúde primários e outros atendam às exigências da Lei de Assistência Acessível, e, portanto, realizem os estudos necessários para identificar pacientes obesos e proporcionar-lhes ou encaminhá-los para a terapia comportamental intensiva”, afirmou em uma conferência de imprensa o co-autor do estudo, John Foreyt, médico, professor e diretor do Centro de Pesquisa sobre medicina comportamental da Faculdade de Medicina de Baylor.