Mais de 70 pessoas foram mortas em ataques que visavam peregrinos xiitas em Bagdá e em outras partes do Iraque durante uma grande festa religiosa, foi relatado.
“Um grupo de peregrinos caminhavam a pé e passaram por uma barraca que oferecia alimentos e bebidas quando de repente um carro explodiu perto deles”, disse o policial Wathiq Muhana, que estava nas proximidades, à Reuters. A explosão ocorreu no centro do distrito de Karrada.
“As pessoas corriam em fuga cobertas de sangue e havia corpos espalhados pelo chão”, acrescentou ele. Houve pelo menos quatro explosões relatadas em Bagdá.
A polícia da cidade sulista de Hilla, que é habitada principalmente por xiitas, disse que dois carros-bomba explodiram ao mesmo tempo perto de restaurantes, incluindo um ataque suicida, matando 22 pessoas.
Osama al-Nujaifi, um membro do Parlamento, chamou os ataques de um movimento “para provocar conflitos sectários”, segundo a AFP.
Dhia al-Wakeel, o porta-voz do comando militar de Bagdá, disse que enquanto os ataques têm a intenção de iniciar confrontos entre seitas, “Os iraquianos estão plenamente conscientes da agenda terrorista e não entrarão num conflito sectário”, segundo a Associated Press (AP).
Em ataques sectários anteriores, militantes sunitas da Al-Qaeda assumiram a responsabilidade e visavam atingir a maioria xiita do governo do país.
“Esses atos de violência refletem a profundidade da crise política no país e a escalada das diferenças políticas entre os blocos”, disse Abdul-Sataar al-Jumaili, do bloco político sunita Iraqiya, conforme citado pela AP.