TAIPEI, Taiwan – Desde julho, taiwaneses têm se preocupado com o controle de suas frequências de rádio e televisão por interesses alinhados com o Partido Comunista Chinês. Uma marcha de dezenas de milhares de pessoas no domingo expressou esta frustração, bem como oposição geral a Ma Ying-jeou, o presidente de Taiwan e chefe do Partido Nacionalista, cuja administração tem se caracterizado por políticas favoráveis à China continental.
A marcha foi organizada em parte pela oposição, o Partido Democrático Progressista, que exigiu que Ma Ying-jeou renuncia-se e que o sistema previdenciário fosse reformado e mostrou grande preocupação sobre a fusão da Next Media com o Grupo Want Want China Times, um conglomerado liderado pelo empresário taiwanês Tsai Eng-Meng, que estaria bajulando as autoridades chinesas para ter acesso ao lucrativo mercado do continente.
A venda é particularmente preocupante para Taiwan, que vê isso como a perda de outro serviço de notícias independente, neste caso, a Next Media de Hong Kong.
Tsai Eng-Meng tem sido criticado por sua postura pró-China e os críticos acreditam que sua receita de publicidade do continente, além de outros interesses empresariais, conduziria a censura de imprensa.
Uma pesquisa de opinião recente da TVBS mostrou que 70% do público está insatisfeito com Ma Ying-jeou. Isso foi em grande parte devido ao caso de aquisição da mídia.
Chen Hsiao-yi, o presidente da Associação de Jornalistas de Taiwan, disse que mais de 600 intelectuais e 9 membros da Academia Sinica, que se opõem à fusão da Next Media com a Want Want, solicitaram um encontro com o presidente Ma Ying-jeou para lhe informar sobre a infiltração da China continental na mídia de Taiwan.
Ele acredita que há descontentamento generalizado sobre a perda da liberdade de imprensa em Taiwan e que Ma Ying-jeou tem feitou muito pouco em resposta.
Um estudante no protesto recente perguntou, “As opiniões do povo são realmente insignificantes?”
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