Detenção de praticantes do Falun Gong continua inabalável na China

31/12/2012 21:46 Atualizado: 31/12/2012 21:52
O Centro de Detenção Changping, no Norte de Pequim, onde Fengying Zhang, mãe da australiana Lisa Zheng, está atualmente detida

Lisa Zhang da costa central de Nova Gales do Sul, Austrália, diz que sua mãe Fengying Zhang, de 62 anos, foi a uma mercearia local em Pequim na manhã do dia 25 de novembro, mas nunca voltou para casa. No dia seguinte, sua bicicleta foi encontrada no pátio da delegacia de polícia local.

“Mamãe foi à mercearia fazer algumas compras […] Enquanto contava às pessoas o quanto ela se beneficiou por praticar o Falun Dafa, alguém a delatou à polícia e ela foi ilegalmente detida e presa”, explicou Lisa Zhang.

A polícia transferiu-a para o Centro de Detenção Changping em Pequim para um “pré-julgamento” em 27 de novembro. Nenhuma informação foi dada sobre o estado de Fengying desde então e sua família não tem autorização para vê-la.

Falun Dafa, também chamado de Falun Gong, é uma prática meditação espiritual tradicional que segue os princípios budistas e taoístas de verdade, compaixão e tolerância. Em 1999, havia 100 milhões de pessoas praticando o Falun Dafa na China, segundo estatísticas do regime chinês. Pesquisas conduzidas pelas autoridades comunistas no final de 1998 descobriram que quase 98% dos praticantes do Falun Dafa tiveram melhoras na saúde.

O ativismo e defesa de Fengying pela prática espiritual é baseada em sua experiência pessoal, ela credita o Falun Gong, que ela tem praticado há 16 anos, por curar sua dor de garganta crônica, osteoartrite e gastroenterite prolongada.

Estimativas atuais afirmam que entre 450 mil e 1 milhão de praticantes do Falun Gong estão aprisionados em campos de trabalhos chineses. De acordo com o Relator das Nações Unidas sobre a Tortura, Manfred Novak, praticantes do Falun Gong compreendem 66% de todos os casos de tortura relatados na China.

Fengying Zhang, de 62 anos, foi à mercearia local em Pequim na manhã do dia 25 de novembro, mas nunca voltou para casa. No dia seguinte, sua bicicleta foi encontrada no pátio da delegacia de polícia local (Cortesia de Lisa Zhang)

Não foi a primeira vez

Lisa Zhang diz que sua mãe Fengying foi detida várias vezes na China e experimentou na pele os métodos de tortura usados pela polícia para “reformar” os praticantes do Falun Dafa.

Não muito tempo depois da perseguição do Falun Dafa começar em 1999, Fengying foi a Pequim apelar às autoridades.

“Minha mãe foi peticionar pelo Falun Gong no escritório de Recursos do Conselho de Estado em Pequim e na Praça Tiananmen para informar as pessoas sobre o Falun Dafa”, explicou Lisa Zhang, “mas, em cada ocasião, ela foi detida e presa pela polícia.”

Embora mantida em detenção, Fengying foi violentamente espancada e alimentada à força com um tubo. Como resultado, ela sofreu sangramentos nasais e gástricos. No inverno, ela foi despida e forçada para fora no frio, ocasião em que perdeu a consciência.

Em 2000, o marido de Fengying perdeu o emprego por causa de sua crença e a família foi obrigada a viver de suas economias.

Lisa Zhang diz que, apesar da perseguição enfrentada por sua mãe, ela nunca se arrependeu ou abdicou de suas crenças. “Não há nada de errado em contar as pessoas sobre sua própria experiência. Posso ver a mudança nela e estou muito orgulhosa dela”, disse a filha.

Segundo o website do Centro de Informação do Falun Dafa, “apesar das referências retóricas ao ‘Estado de direito’, obter justiça por meio do sistema legal chinês continua a ser uma impossibilidade para os praticantes do Falun Gong”.

A Sra. Zhang pede ao governo australiano que tome uma posição para ajudar a resgatar sua mãe detida ilegalmente. “Eu sinceramente peço ao governo australiano que ajude a resgatar minha mãe […] Espero que, a partir da experiência de minha mãe, as pessoas possam perceber a natureza maligna do [regime do] Partido Comunista Chinês.”

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