Detenção de praticante do Falun Gong: Governo irlandês exige investigação

01/07/2012 03:00 Atualizado: 01/07/2012 03:00

MEDITAÇÃO: Uma praticante do Falun Gong, uma disciplina espiritual tradicional chinesa, medita em Singapura, em 24 de fevereiro de 2010. (Roslan Rahman /AFP/Getty Images)Detenção ilegal na China provoca esforço diplomático irlandês

O ministro Eamon Gilmore disse ao Dáil na terça-feira que seu departamento tem feito investigações sobre o caso da Sra. Gu Qing-ai, uma praticante do Falun Gong que foi recentemente detida ilegalmente na China. O governo pediu a um grupo de direitos humanos que trabalha com a União Europeia (UE) para investigar o caso.

O Sr. Gilmore disse, “Nós informamos nossa embaixada em Pequim do caso da Sra. Gu Qing-ai e funcionários da embaixada estão abordando o caso da Sra. Gu com o grupo de direitos humanos que coordena a posição da UE sobre estas questões com a China.” “Continuaremos a acompanhar a evolução deste caso”, acrescentou ele.

A Sra. Gu Qing-ai foi detida na cidade de Weihai na China em 10 de junho. Sua filha, Cui Tianzeng, é uma residente oficial da Irlanda que vive em Dublin.

Um comunicado de imprensa da Sra. Cui afirmou que a Agência de Segurança Pública da China havia dito à família que sua mãe foi detida no Centro de Detenção de Weihai. No entanto, é preocupante que ninguém de sua família tenha sido autorizado até agora a visitá-la.

A Sra. Cui disse que sua mãe foi detida porque distribuiu material sobre os abusos de direitos humanos cometidos contra praticantes do Falun Gong na China pelo regime comunista chinês. O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática de cultivo tradicional chinesa baseada nos princípios da verdade, compaixão e tolerância. A prática tem sido brutalmente perseguida pelo regime chinês desde 1999.

Segundo o Centro de Informação do Falun Dafa de Nova York, praticantes do Falun Gong são o maior grupo de prisioneiros da consciência no mundo, calculados em centenas de milhares. O Centro explica a razão da perseguição da seguinte forma: “Uma explicação básica para a campanha aparentemente irracional é a tendência ateia do Partido Comunista Chinês (PCC), que teme todos os grupos fora de seu controle, especialmente os que subscrevem a uma ideologia diferente.”

O ministro Gilmore disse que a UE questionou recentemente em maio deste ano a negação dos direitos humanos básicos de praticante do Falun Gong. Ele disse, “Na mais recente sessão do diálogo UE-China sobre os direitos humanos em 29 de maio, a UE voltou a levantar a questão das restrições sobre os praticantes do Falun Gong. Nesta reunião, a UE apresentou também ao lado chinês uma lista de casos individuais preocupantes, incluindo vários praticantes do Falun Gong detidos.”

Anteriormente, o governo irlandês abordou os casos de Liu Feng e Zhao Ming, ambos estudantes em Dublin que foram posteriormente liberados e autorizados a regressarem à Irlanda para continuarem seus estudos.