SÃO FRANCISCO – Praticantes do Falun Gong e simpatizantes marcharam num desfile pelo centro de São Francisco para exigir um fim à perseguição de 13 anos na China a sua prática.
Várias centenas de participantes marcharam do bairro japonês através da Union Square e terminaram na popular Portsmouth Square, no bairro chinês. Praticantes da Califórnia e de vários lugares ao redor do mundo foram a São Francisco para uma conferência de troca de experiências realizada no sábado e muitos permaneceram para participar do desfile.
O Falun Gong é uma disciplina espiritual tradicional chinesa que ganhou imensa popularidade na China no início da década de 1990; em meados 1999, cerca de 100 milhões de chineses haviam aderido à prática. O Falun Gong abrange exercícios de meditação e prioriza viver de acordo com os ensinamentos e princípios de verdade, compaixão e tolerância.
Em 1999, o então líder chinês Jiang Zemin viu a prática espiritual e seus milhões de adeptos como uma ameaça a seu poder e começou uma campanha para erradicá-la.
Muitos moradores de São Francisco e turistas assistiram ao desfile para conhecer o Falun Gong. Muitos tiraram fotos ou filmaram várias alas, incluindo uma banda marcial, praticantes demonstrando os exercícios do Falun Gong e outros segurando faixas e cartazes.
Alguns praticantes em trajes amarelos levavam cartazes que diziam, “O mundo precisa de Verdade, Compaixão e Tolerância” e “Uma nova era começará na China quando o Partido Comunista Chinês acabar”.
Alguns transeuntes que não souberam anteriormente sobre a perseguição ficaram chocados ao saber que o regime chinês tem realizado a colheita forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong, matando-os por dinheiro.
“É horrendo. É revoltante”, disse Susie, uma turista que parou numa esquina do bairro chinês. “É questão de tempo para isso acabar.”
O desfile e uma manifestação posterior também expressaram apoio ao povo chinês que quer viver livre do PCC.
O movimento Tuidang, que significa literalmente “Sair do Partido”, começou após uma publicação premiada de 2004 do Epoch Times chamada “Nove Comentários sobre o Partido Comunista”.
A publicação narra a história e os crimes do regime de 62 anos do Partido Comunista Chinês (PCC), algo que o povo na China continental está proibido de escrever, falar ou conhecer verdadeiramente.
Até o momento, 124 milhões de pessoas renunciaram a qualquer associação com o PCC e suas organizações afiliadas. Mais de 60 mil pessoas têm renunciado ao PCC todos os dias, disse Jollia Xiong, diretora da filial do ‘Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC’ em São Francisco, durante o desfile no bairro chinês.
Xiong, que é originária da China, descreveu como na idade de seis anos, ela foi aliciada a se unir aos Jovens Pioneiros, uma organização da juventude comunista, e teve de prometer “dar sua vida pelo PCC”.
Como muitos de seus amigos, ela acreditava firmemente que o “PCC é o maior” e que os “os chineses são os mais felizes”.
Até Xiong ler os “Nove Comentários”, ela não conseguiu entender que o comunismo não pertence a China e que “o PCC é maligno”, disse ela.
Assim como em outros centros de renúncia pelo mundo, o centro local na Rua Stockton no bairro chinês oferece a chineses tanto dentro como fora da China, uma oportunidade para cortarem seus laços com o PCC. Voluntários locais na área fazem chamadas para a China diariamente para centenas de pessoas, convidando-os a renunciar. Cerca de um terço o fazem, disse Xiong. Num evento recente em Oakland, 200 assinaram declarações renunciando ao PCC.
Muitos na China se preocupam que a renúncia ao PCC possa ter implicações para sua carreira e família. Ao invés de se sentirem seguros nos Estados Unidos, no bairro chinês de São Francisco, onde o consulado da China tem uma influência significativa, muitos chineses ainda têm medo de dar esse passo, disse Xiong.
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