A expectativa em relação à taxa de variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano está entre zero e 0,3%. O pior é que o efeito da má política econômica de Dilma Rousseff carrega uma inércia natural, que irá afetar o desenvolvimento do país nos próximos anos. E toda a divisão de rendas na sociedade brasileira ficará comprometida por mais um longo tempo por conta da falta de crescimento da economia.
Não adianta gastar mal, tentando manter artificialmente o nível de emprego, induzindo o aquecimento do mercado de trabalho mediante os repasses do Tesouro aos bancos públicos. É justamente isso que deve ser mudado.
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A começar pelo cálculo do reajuste do salário mínimo, que ficará prejudicado para o ano de 2016, já que o ajuste levará em conta o resultado econômico – PIB – deste ano, mais a variação do IPCA a ser aferido em 2015.
Por enquanto, como seria de se esperar, quando se compara o nível de reajuste real para o salário mínimo entre os três últimos presidentes, Dilma fica para trás com 2,62%. FHC reajustou o salário mínimo acima da inflação em 4,52%. E Lula em 6,28%.
E não adianta o governo manter o nível de emprego através dos repasses dos recursos públicos pelos bancos oficiais. Não adianta o governo aumentar seu nível de gastos correntes. Nada disso fará a economia se desenvolver.
Dívida e logística
Os gastos têm de ser direcionados para o pagamento da dívida pública dando garantia e credibilidade aos credores, e para os investimentos em logística. Gastar com manutenção de uma máquina pública inchada e com repasses para empresas usarem como capital de giro, não está trazendo desenvolvimento ao país, pelo contrário!
Tal política nos arrastou para a armadilha da estagflação e não há horizonte para a libertação da nossa economia com a continuidade dessa política econômica tacanha.
O nível de repasse do BNDES para o setor privado aumentou 2,7% nos últimos quatro anos. Pois foi justamente de 2,7% a queda do nível de investimento das empresas, provando que não adianta repassar recursos ao setor privado estando o país com o nível de juros elevados, restringindo a economia e inibindo investimentos.
As empresas tomam empréstimos para apenas fazer giro, não investimentos, expansão dos seus negócios.
Restringir gastos
Para fazer os juros caírem, o governo terá de restringir seus gastos e cortar os repasses nesse primeiro momento, até que as pressões inflacionárias caiam, possibilitando ao Banco Central retomar a queda da taxa básica de juros (Selic), induzindo o mesmo padrão para os juros em todo o sistema bancário.
Isso fará baratear o crédito, diminuir o rendimento dos títulos fixos e transferir a oportunidade de maior rentabilidade aos negócios no setor da indústria, da agricultura e dos serviços (fora do setor bancário).
A política econômica de Dilma (aumentando os gastos públicos) restringe os investimentos e induz à recessão. Todos os números levantados do IBGE em relação ao PIB este ano confirmam esta realidade. Continuam caindo o nível de poupança (14% do PIB) e o nível de investimento (17,4% do PIB), apesar de o governo ter aumentado os seus gastos correntes.
Nível de consumo
É simples de entender: 62,5% da formação do PIB (maioria absoluta e esmagadora) dependem do nível de consumo das famílias brasileiras. Pois bem, o consumo das famílias neste trimestre, segundo o IBGE, não aumentou, ao contrário, recuou -0,3%. Mesmo o governo gastando mais e apresentando aumento de 1,3% em suas despesas.
Esses recursos trariam retorno para o PIB, se estivessem vinculados ao investimento público e não em gastos correntes.
Portanto, não adianta gastar mal, tentando manter artificialmente o nível de emprego, induzindo o aquecimento do mercado de trabalho mediante os repasses do Tesouro aos bancos públicos. É justamente isso que deve ser mudado.
Editado por Epoch Times