Descubra quais probióticos são certos para você

12/06/2014 18:28 Atualizado: 12/06/2014 18:28

Tempos modernos podem ser duros para nossa saúde. Escolhas por alimentos pobres, estresse, falta de sono, sem mencionar as toxinas do meio ambiente, tudo trabalhando para desestabilizar o bem-estar e equilíbrio interior.

Nossos corpos precisam de equilíbrio para manter ótima saúde, e um sistema digestivo saudável tem um longo caminho ao sintetizar vitaminas e nutrientes enquanto filtra toxinas e bactérias nocivas. Tomar probióticos é uma maneira de apoiar seu sistema digestivo e saúde no geral.

A próxima vez que você pegar uma embalagem de iogurte, dê uma olhada atrás, verá um montão de nomes importantes que soam como latim—estes são apenas alguns dos probióticos que existem por aí, e diferentes composições atuam diferentemente. Procure pelos certos para você:

Para inibir ou tratar fungos e infecções do trato urinário: Procure por esta composição de bactérias: Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus bifidus e Lactobacillus bulgaricus. De acordo com Karen DeFelice da EnzymeStuff.com, essas quatro parecem trabalhar bem juntas no combate contra bactérias más no trato urinário e área vaginal.

Para aliviar problemas gastrointestinais: Outros probióticos também são úteis no alívio de problemas gastrointestinais como SII (síndrome do intestino irritável), diarréia/constipação, desconforto por uso de antibiótico, inflamação intestinal e síndrome do intestino solto. DeFelice identifica cinco tipos de probióticos que trabalham juntos no suporte para tais queixas gastrointestinais: L. rhamnosus, L. acidophilus, Bifidobacterium lactis (ou B. lactis), Streptococcus thermophilus e L. bulgaricus.

Para melhorar a saúde e a imunidade no geral, ou aliviar constipação: L. casei, L. rhamnosus, L. acidophilus e B. longum, trabalham bem juntos. Eles também podem ser úteis em diminuir o colesterol LDL. A composição probiótica Enterococcus faecium também é conhecida por reduzir o colesterol LDL, assim como por atuar como um poderoso anti-patógeno.

Para reduzir patógenos no corpo: Os recomendados são Lactobacillus plantarum (muito antiviral), Bifidobacterium bifidum, B. infantis (uma importante composição para bebês), B. longum (especialmente efetivo na redução de desordens gastrointestinais durante o uso de antibióticos), L. acidophilus, L. casei e L. plantarum. L. acidophilus e L. plantarum são antibióticos de secreção natural que aumentam a imunidade e resistência a infecções. L. casei produz especificamente bacteriocinas que previnem o crescimento de bactérias patogênicas no intestino delgado. Lactobacillus salivarius ajuda a normalizar a flora intestinal e pode ajudar a inibir a ocorrência de úlceras pépticas.

Probióticos

Muitos suplementos probióticos agora incluem algo conhecido como prebióticos, como o FOS e a inulina, os quais não são oligossacarídeos (açúcares/carboidratos) digeríveis. Eles não são capazes de serem digeridos, então não afetam o açúcar do sangue, de acordo com o Dr. Elson Haas em seu artigo “Staying Healthy with Nutrition” (“Ficar saudável com nutrição”). O que eles fazem é ajudar a promover o crescimento e atividade de bactérias amigáveis no trato intestinal, e inibir o crescimento de bactérias indesejáveis. Você pode pensar nos prebióticos como comida para os probióticos.

Dicas para comprar suplementos

Comprador, fique atento. A produção de suplementos nos Estados Unidos não é monitorada pela FDA (Administração de Drogas e Alimentos). A responsabilidade de testar para segurança e eficácia reside nas mãos dos fabricantes—o que pode significar que há um monte de suplementos por aí fazendo falsas afirmações.

O que você pode fazer? Procure por provas de participação em programas de certificação com voluntários, como CL ou GMP. CL significa Consumer Lab (laboratório do consumidor), seu selo de aprovação lhe dirá que o produto foi testado para pureza, força e segurança.

GMP é outro selo disponível de aprovação e significa Good Manufacturing Practices (ensaios de boa fabricação). “Também procure por seus probióticos em estojos de refrigeração”, sugere o autor e cirurgião Dr. Steven Gundry. Isso ajudará a proteger a potência e eficácia deles.

Geralmente, suplementos com probióticos de alta qualidade são vistos como seguros e têm poucos efeitos colaterais na maioria das pessoas. Entretanto, pessoas com doenças autoimunes devem falar com seus médicos, já que altas doses de probióticos podem hiperestimular o sistema imune. Fique atento para possíveis interações medicamentosas.

‘Deixe teu alimento ser tua medicação’

Suplemento não substitui se alimentar e deve sempre ser visto como um apoio para se alimentar de uma dieta rica em nutrientes. A melhor maneira de obter probióticos é comer alimentos naturalmente ricos em probióticos.

Na sua dieta, inclua alimentos com bactérias benéficas, tais como as cultivadas em vegetais (como kimchi e chucrute cru, que são lacto-fermentados) e missô. Tenha certeza que esses alimentos não sejam pasteurizados e não contenham conservantes, como benzoato de sódio, o qual matará qualquer bactéria benéfica.

Outros alimentos com alto conteúdo de probióticos são o iogurte, kefir e kombucha. Ao comprar iogurtes comerciais, fique atento aos açúcares adicionados, os quais apenas reverterão qualquer benefício. Tente comprar iogurte comum e adoçado naturalmente com um pouco de mel puro ou fruta.

Dicas para escolher probióticos

• Eduque-se sobre quais composições de probiótico são as certas para você.
• Verifique datas de validade para determinar se há bactérias vivas.
• Tente escolher probióticos refrigerados, o que ajuda a manter a bactéria do probiotico viva.
• Verifique se nos rótulos há selos de garantia de qualidade, como CL e GMP.
• Procure pelo número viável de bactérias por dose. Uma dose efetiva varia amplamente entre 50 milhões e 3 trilhões de células por dose.

April Reigart é uma Holistic Health Coach certificada e graduada no Institute for Integrative Nutrition. Ela realiza coaching individual e em grupo e palestras mensais para um grupo de fitness na web