Pelo quarto ano consecutivo, Viena, capital da Áustria, ficou no topo da lista de um estudo global sobre qualidade de vida realizado em 2012. Bagdá, capital do Iraque, ficou em último lugar entre as 221 cidades avaliadas, de acordo com a consultoria Mercer.
Logo após Viena vem Zurique, na Suíça, em seguida, a cidade mais populosa da Nova Zelândia, Auckland, segundo a pesquisa. Somadas a Munique, na Alemanha e Vancouver, no Canadá, completa-se o grupo das cinco primeiras cidades. A maioria das 25 principais cidades avaliadas na pesquisa localizam-se na Europa.
“No geral, as cidades europeias continuam a ter alta qualidade de vida. Isso é o resultado de uma combinação de fatores como uma maior estabilidade, o aumentando nos padrões de vida e avanços na infra-estrutura das cidades”, disse Slagin Parakatil, pesquisador-sênior da Mercer, em um comunicado. “Mas a crise econômica, a tensão política, … e os altos níveis de desemprego continuam a ser uma problemática na região.”
Bagdá rotineiramente sofre atentados a bomba e ataques armados realizados por extremistas, além da frequente violência política, segundo o Departamento de Estado dos EUA.
As cidades com melhor ranking nos Estados Unidos são Honolulu e São Francisco, que foram classificadas em 28º e 29º, respectivamente. Nova York ficou em 44º na pesquisa, empatando com Tóquio, a cidade mais populosa do mundo.
A Mercer realiza a pesquisa sobre qualidade de vida a cada ano para fornecer dados a empresas e organizações internacionais que buscam compensar os seus funcionários de forma mais justa de acordo com as condições de cada região.
Depois de Bagdá, a pior cidade classificada é Bangui na República Central Africana, seguida pelas capitais do Haiti, Port-au-Prince, do Chade, N’Djamena e do Sudão, Cartum. A pior cidade classificada no quesito infra-estrutura é Port-au-Prince, que ainda se recupera de um devastador terremoto que matou centenas de milhares de pessoas a quase três anos.
“O turbulento processo que muitos países do Norte da África e do Oriente Médio transitam, trouxe sérios problemas de segurança para a população local e seus expatriados”, disse Powers. “Muitos países continuam a sofrer violência por meio de manifestações políticas que, por vezes, desenvolvem revoltas maciças e levam a uma grave instabilidade na região”, ele acrescenta, citando as revoltas na Síria e o golpe de Estado em Mali.
Para realizar a pesquisa, a Mercer analisa cada uma das 221 cidades com base em 39 fatores divididos em 10 categorias, incluindo as taxas de criminalidade, a estabilidade do governo, fatores econômicos, acesso a cuidados médicos e níveis de poluição. Países com situações políticas instáveis tendem a pontuar mais baixo do que os outros países.
Por região, a pior cidade classificada na Europa Ocidental foi Atenas, na Grécia que ficou no 83º lugar, enquanto Detroit foi a pior classificada nos Estados Unidos, assumindo a 71º posição. Tbilisi, capital da Geórgia, foi a pior cidade classificada na Europa Oriental ficando com o 213º lugar. A capital do Tadjiquistão, Dushanbe, foi a pior na região da Ásia-Pacífico, assumindo a 207º posição.
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