Encontrados em Suez, na região de Wadi Al-Jarf, eles revelam um período pouco conhecido da história, durante o reinado do faraó Quéops
Arqueólogos egípcios e franceses descobriram na região de Wadi Al-Jarf em Suez, o que pode ser o mais antigo porto de comércio no Egito, contendo papiros valiosos, também o mais antigo do país, que relatam aspectos pouco conhecidos do governo do faraó Khufu, de 2.580 a.C.
Khufu, cujo nome original era Khnum-Khufu, foi o segundo rei da quarta dinastia e é conhecido no Ocidente como Quéops, nome dado pelos gregos.
Foi encontrado um total de 40 pergaminhos, que contam os segredos da vida cotidiana da época e dos antigos egípcios, descreveu Mohamed Ibrahim, o ministro de Estado para Antiguidades, num comunicado de abril do Serviço de Informações do Estado.
“Estes são os papiros mais antigos já encontrados no Egito”, afirmou Ibrahim, salientando a importância da descoberta.
Num dos documentos, ele encontrou o diário de um oficial chamado Merrer, que relata que foram feitas muitas viagens à pedreira de calcário de Tura, em busca de blocos para a construção de uma grande pirâmide, disse Pierre Tallet, o diretor da missão arqueológica e egiptólogo da Universidade de Paris-Sorbonne, à Discovery.
“Este diário oferece pela primeira vez uma visão sobre esse assunto”, disse Tallet.
Anteriormente, apesar de não haver qualquer evidência e a documentação ser escassa, muitos sugeriram que foi durante o reinado de Khufu que se construiu a Grande Pirâmide de Giza, conhecida como a Pirâmide de Quéops, uma das sete maravilhas do mundo.
O documento também descreve o controle da distribuição de alimentos, como o pão e a cerveja aos trabalhadores portuários, parte da burocracia do reinado do faraó Khufu.
A Organização Ahram informa que os valiosos papiros foram transferidos para o Museu de Suez para estudo e documentação.
O porto está localizado na costa do Mar Vermelho, viajando pela estrada de Zaafarana para Suez, a cerca de 180 km do destino. De acordo com o serviço estatal, os documentos encontrados indicam que houve negociação de cobre e outros minerais provenientes do Sinai.
Entre outros achados, recuperou-se uma grande coleção de âncoras de navios esculpidas em pedra e diferentes molas, disse o relatório.
A bem-sucedida missão também descobriu restos das casas dos trabalhadores portuários, confirmando a importância do lugar, que talvez fosse uma área comercial entre as cidades egípcias e o estrangeiro, disse Adel Hussein, chefe do setor do Antigo Egito do Ministério de Estado para Antiguidades, segundo a Ahram.
Além do porto identificou-se 30 cavernas e blocos de pedra usados para selar suas entradas, que tinham inscrições em tinta vermelha do Rei Khufu. Eles encontraram também cordas de navios e ferramentas utilizadas para cortá-las.
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