Depressão e dor física podem surgir juntas

26/11/2014 00:00 Atualizado: 23/11/2014 23:12

Dois tratamentos possíveis

A dor e a depressão, a princípio, vão de mãos dadas. Às vezes, a mesma experiência traumática desencadeia ambas, e as duas condições reforçam-se mutuamente.

A dor neuropática, diferente das dores musculares comuns e da dor artrítica, provém de disfunções no sistema nervoso central (ou sistema nervoso periférico). O trauma causa uma atividade elétrica desproporcional na rede nervosa, e as vítimas das enfermidades crônicas neuropáticas, como a Síndrome da Dor Regional Complexa (Complex Regional Pain Syndrome – CRPS – em inglês), experimentam dor devido a um contato normal ou mesmo  a um calor brando.

A acupuntura pode corrigir bloqueios na circulação de qi (energia vital do organismo) que causam esse tipo de dor. Quando é utilizada, a acupuntura reduz a hipersensibilidade associada à dor neuropática. Usada como tratamento complementar às modalidades ocidentais de tratamento, ela pode aumentar a taxa de recuperação, enquanto reduz o estresse, pois lida com a energia (qi) da pessoa, e o qi regula as emoções; por isso, a acupuntura melhora eficazmente também os estados de ânimo.

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Outra alternativa de tratamento que atua sobre o corpo e o cérebro é a infusão de ketamina. A ketamina é um anestésico que quando administrado por um médico qualificado ou anestesiologista, atua no sistema nervoso para reduzir o excesso de impulsos de dor.

“Ela detém a transmissão de dor desde o corpo à coluna vertebral e [da coluna] ao cérebro, e dá ao sistema a possibilidade de reestruturar-se”, comentou o Dr. Glen Z. Brooks, anestesista de Nova York que oferece tratamentos com ketamina.

Segundo Brooks, em casos de depressão, a ketamina promove o desenvolvimento das sinapses e permite que o cérebro se reestruture, revertendo às causas estruturais da depressão.

A dose de ketamina e o plano de tratamento para os pacientes com depressão e dor são diferentes e devem ser adaptados ao peso corporal do paciente, necessitando ser considerados distintamente, porém os pacientes com enfermidades mistas podem obter melhoras em seus sintomas.

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Christine Lin, Epoch Times