WASHINGTON – O Departamento de Estado norte-americano realizou uma reunião privada em 26 de abril dos membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado sobre como a agência lidou com a visita inesperada de Wang Lijun e sua tentativa de deserção no consulado dos Estados Unidos em Chengdu em 6 de fevereiro deste ano.
Wang era o chefe de polícia e vice-prefeito da cidade sudoeste de Chongqing. Sua visita, supostamente uma tentativa de deserção, desencadeou uma reação em cadeia que resultou na demissão de seu chefe, ex-secretário do Partido da cidade e membro da elite do Politburo, Bo Xilai. Reverberações da deserção e seus consequentes escândalos políticos ainda estão sendo sentidos na China e no exterior.
“Os membros do comitê receberam informação nesta manhã num ambiente confidencial” sobre o incidente de Wang Lijun, escreveu Bradley R. Goehner, diretor de Comunicações do Comitê Parlamentar de Relações Exteriores num e-mail ao Epoch Times em resposta a uma pergunta.
Não foi fornecida mais informação. Outra questão sobre os detalhes da reunião não receberam resposta.
A presidente do Comitê de Relações Exteriores é Ileana Ros-Lehtinen. Em fevereiro, ela escreveu uma carta à secretária de Estado, Hillary Clinton, pedindo uma explicação de como as autoridades diplomáticas norte-americanas lidaram com Wang.
Em 15 de fevereiro, Ros-Lehtinen escreveu num comunicado de imprensa que estava “desapontada com relatos de que os EUA repudiaram Wang Lijun, um alto funcionário chinês em busca de asilo. Esta decisão parece ter sido feita para evitar ’embaraçar’ a China…”
A entrada de Wang no consulado dos EUA e sua tentativa de deserção ocorreram pouco antes do presumível próximo líder do Partido Comunista, Xi Jinping, visitar os Estados Unidos.
O Departamento de Estado não respondeu imediatamente a perguntas sobre a entrevista.