Decreto 8243: Gen. Paulo Chagas comenta sobre o ‘Plebiscito Popular’

30/06/2014 16:14 Atualizado: 30/06/2014 16:14

As propostas dos comunistas (decreto 8243) não podem intimidar-nos! Eles são uma minoria ultrapassada e suas ideias, castradoras da liberdade e da iniciativa individual e coletiva, são antagônicas à idiossincrasia dos brasileiros e não há exemplos no mundo ou na história de que tenham trazido felicidade e progresso onde quer que tenham sido implantadas!

Há exemplos por toda parte de que são sinônimos de fracasso, ontem e hoje.

O movimento por um plebiscito popular ( decreto 8243) visa inicialmente à acumulação de forças, através de um certo número de adesões, para, em uma segunda etapa, pressionar o Congresso, único poder autorizado a convocar consultas populares, para que este acolha a proposta de promover a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte que, por sua vez, promova a reforma da Constituição de 1988.

Não vejo ameaça nesta mobilização, porquanto é um direito de todos os brasileiros e pode ser copiada pelas forças conservadoras que têm a mesma liberdade para fazê-lo em sentido contrário ou, até mesmo, para participar da consulta informal promovida pelos comunistas votando pelo NÃO à Assembleia Constituinte, se assim julgarem conveniente.

A alegação de que o Congresso Nacional, com a configuração atual, não representa todo o espectro da sociedade brasileira e, por conseguinte, não tem interesse ou condições para promover uma honesta reforma política, não deixa de ter um fundo de verdade, pois o povo, particularmente seu segmento de esquerda, insiste em eleger demagogos e corruptos do tipo que hoje está albergado no Presídio da Papuda, em Brasília.

Isto nos permite afirmar que os próprios promotores do plebiscito são representados no Legislativo pelo que há de pior na política brasileira, o que, por si só escancara a incoerência da proposta.

O endosso do Partido dos Trabalhadores à consulta é, portanto, a melhor prova de sua inocuidade, pois este partido, além de integrar o grupo dos piores congressistas, é o que, no momento, acumula a maior rejeição do eleitorado em geral, ou seja, o PT dá à iniciativa uma cara de apelação, de desespero e de desonestidade que não passará desapercebida pelo mais desavisado dos brasileiros.

Não vejo como os militantes e inocentes úteis do comunismo tupiniquim possam propor a correção de um problema de legitimidade mantendo-se associados, liderados e representados por aqueles que encarnam tudo o que “dizem” querer mudar!

Por estes e muitos outros motivos é que não me assusta o “Plebiscito Popular” (decreto 8243), mas, já que o objetivo final do processo é a promulgação de uma nova constituição, mais justa e legítima do que a atual, ficam a curiosidade e a pergunta:

Que exemplo de Carta Magna teriam os promotores da consulta a apresentar aos brasileiros como o ideal a ser adotado? Que país ou países adotam o modelo a ser apresentado?

General de brigada Paulo Chagas

Ternuma

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