O mundo está a beira do que pode ser uma irreversível propagação de organismos geneticamente modificados (OGM). Fortalezas contra os OGM, como a Europa e a África, mostraram sinais de enfraquecimento em 2013. Porém, forças contrárias aos alimentos geneticamente modificados certamente não desapareceram.
Em maio, cerca de 2 milhões de manifestantes em 52 países participaram da Marcha contra a Monsanto. Monsanto é a principal produtora de OGM. A Marcha contra a Monsanto começou em fevereiro, e está convocando para mais um dia de ação internacional em 24 de maio de 2014.
Rotulagem de OGM nos EUA
Maine e Connecticut aprovaram projetos de lei obrigando a rotulagem de OGM, mas as leis não entrarão em vigor até que os estados vizinhos aprovem leis semelhantes.
Uma votação sobre a rotulagem falhou por um triz no estado de Washington em novembro: 48.9% votaram para rotular; e 51% votaram contra; 45% dos eleitores registrados participaram da votação. Um voto semelhante falhou próximo da mesma margem no ano passado na Califórnia. Porém, os defensores da Califórnia pretendem voltar com outro plebiscito em 2014.
O impulso para a rotulagem está avançando em 20 estados, mesmo com a Associação de Mercearias executando uma contra campanha em 25 estados.
Sementes na África
A Monsanto e outras produtoras de OGM, tais como a DuPont, intensificaram seus esforços para penetrar o mercado africano, que até então esteve relutante.
A DuPont comprou uma participação majoritária na maior empresa de sementes da África do Sul, Pannar, em julho. Campanhas promocionais sobre OGM apoiadas pelos EUA fizeram a cabeça de jornalistas e fazendeiros africanos sobre o beneficio do OGM.
O enfraquecimento da posição anti-OGM na África pode continuar a se espalhar e ampliar em 2014.
Abertura da Europa
A Europa também reconsiderará seus regulamentos sobre OGM em outubro de 2014, quando um congelamento no processo de aprovação de OGM terminará, junto com o mandato da atual Comissão Europeia. O apoio crescente ao uso de OGM vindo da Comissão tem deixado as relações com nações anti-OGM mais tensas.
As negociações de livre comércio dos EUA com a Europa, que devem ser fechadas no final de 2014, também podem influenciar a posição europeia.