A Mona Lisa, uma das mais famosas obras de arte da história, pode ocultar mais de um retrato.
O cientista francês Pascal Cotte disse que descobriu os retratos escondidos utilizando um novo método chamado de Layer Amplification Method (método de amplificação de camadas).
O método envolve uma câmera multiespectral que projeta luzes intensas sobre a pintura e mede seus reflexos, permitindo enxergar o que aconteceu entre as camadas de tinta.
“Minha técnica de imagens científicas nos leva ao coração das camadas de pintura do retrato mais famoso do mundo, e revela os segredos que permaneceram ocultos por 500 anos”, disse Cotte em um comunicado. “Os resultados quebram muitos mitos e alteram a nossa visão da obra-prima de Leonardo para sempre”.
Cotte acredita que um dos retratos escondidos é a pintura real de Lisa Gherardini, a mulher que se pensa ter sido retratada como Mona Lisa.
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O historiador de arte Andrew Graham-Dixon, que fez um documentário da BBC sobre o assunto, diz que a descoberta vai mudar a história.
“É de cair o queixo”, disse à CNN. “O Louvre vai acabar ganhando nova fama.”
O museu se recusou a falar com a BBC sobre o tema, mas nem todos estão a par desta descoberta ainda.
“Há mudanças consideráveis durante o curso da elaboração do retrato – como é o caso da maioria das pinturas de Leonardo”, disse o historiador de arte Martin Kemp.
“Para mim, é muito mais interessante ver uma evolução fluida de um retrato relativamente simples, de uma mulher florentina, transformada em um retrato filosófico e poético de dimensão universal”. Cotte obteve acesso à pintura em 2004.
Os resultados foram anunciados no dia 08 de dezembro, e foram incluídos em uma exposição, em Xangai, intitulada Da Vinci – O Gênio.
O documentário foi ao ar na BBC Two, no dia 9 de dezembro.