A dança das cadeiras política entre PSB, PSDB e PT

25/06/2014 14:08 Atualizado: 25/06/2014 14:08

Estamos à véspera do início da campanha eleitoral em nível estadual e federal. Em tese, as convenções de partidos deverão escolher os seus candidatos à presidência, aos governadores, aos senadores, aos deputados federais e estaduais até o dia 30 de junho próximo. No entanto, a briga de foice mesmo começa após a realização do final da Copa 2014.

Importantes movimentos vem ocorrendo nas convenções partidárias regionais. Com a popularidade da Dilma Rousseff, PT/RS, em queda, os partidos de base do governo vem de certa forma pulando fora do apoio ao PT. O movimento começou com o Sérgio Cabral, PMDB/RJ, definindo o seu apoio ao candidato da oposição Aécio Neves, PSDB/MG.

Importante reduto eleitoral da Dilma e eventualmente do Lula, o nordeste, vem-se rebelando à situação de desconforto de permanecer apoiando o governo Dilma. O governador do Piauí Zé Filho, PMDB/PI, rompeu com o governo Dilma, declarando apoio aos candidatos da oposição Aécio Neves, PSDB/MG e Eduardo Campos, PSB/PE. Apesar de estado de pequeno contingente eleitoral, Piauí é um dos estados mais pobres da região. O apoio do governador do estado, conta muito ponto.

As últimas notícias dão conta do apoio do candidato ao governo do Ceará, o senador Eunício de Oliveira, PMDB/CE, ao candidato da oposição Aécio Neves, PSDB/MG. A aliança parece contar com o lançamento na mesma chapa do ex-senador Tasso Jereissati, PSDB/CE, para o mesmo cargo que ocupou. A dissidência do senador Eunício de Oliveira, PMDB/CE, é um golpe para a candidatura Dilma, pois ele foi figura importante no seu governo.

No extremo sul, a senadora Ana Amélia Lemos, PR/RS, vai sair candidato ao governo de Rio Grande do Sul, em confronto com o governador Tasso Genro, PT/RS, apoiando o Aécio Neves, PSDB/MG, para a presidência da República. No Paraná, o governador Beto Richa, PSDB/PR, é candidato à reeleição, em apoio aos opositores da Dilma Rousseff, PT/RS, Aécio Neves, PSDB/MG e Eduardo Campos, PSB/PE.

O Estado de São Paulo deve contribuir com a indicação do vice-presidente para o Aécio Neves, PSDB/MG. O nome indicado parece recair no nome do senador Aloysio Nunes, PSDB/SP, conforme matéria postado por mim, há cerca de 1 ano. O estado de São Paulo, sozinho, representa quase 23% do contingente eleitoral do País, por isso a importância da indicação do vice. Por outro lado, Eduardo Campos, PSB/PE, fez aliança com Geraldo Alkimin, PSDB/SP, para o governo do estado de São Paulo, indicando o nome do vice-governador na sua chapa. Sobrou pouco espaço para Dilma Rousseff, PT/RS, nos palanques do maior colégio eleitoral do País.

Com a deterioração da economia amplamente demonstrado pelos índices de maio, os piores dos últimos 20 anos. E sentido pela população, sobretudo, nos próprios bolsos, a tendência de queda da popularidade da Dilma ou Lula vai despencando aos olhos vistos. Diante do quadro, a debandada dos atuais aliados para o lado dos candidatos da oposição Aécio Neves, PSDB/MG e Eduardo Campos, PSB/PE, vai aumento a cada dia. Isto, vai resultar no fracasso eleitoral do PT em nível nacional e estadual.

Eu tenho janela como eleitor há mais de 50 anos. Já vi muitas eleições onde a hegemonia da situação fora derrotada com vitórias acachapantes das oposições. Costumo dizer que eleições é como brisa, muda de direção conforme estação do ano. O Brasil está a sentir, a mudança para a brisa suave e refrescante da primavera substituindo o vento frio e gélido do inverno. Assim, quer a população. E assim, será!

Ossami Sakamori

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