Zhou Yongkang, o chefe de segurança pública chinesa, que não fez sequer uma aparição pública por cerca de duas semanas, entregou seus poderes como chefe do aparato de segurança do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) em Pequim, devido a razões de segurança e outras preocupações, soube o Epoch Times.
Se Zhou não é mais o chefe do CAPL em Pequim, ele não terá mais poder sobre o poderoso e amplo órgão do Partido Comunista Chinês (PCC) que controla os tribunais, a segurança pública e a vigilância doméstica.
Em 31 de maio, a mídia estatal chinesa informou que Zhou fez um discurso na província de Xinjiang. No entanto, a mídia estatal continuou a reportar sobre seus subordinados, Wang Lequan, o vice-secretário do CAPL, e Meng Jianzhu, o ministro da Segurança Pública. Zhou foi mencionado em seguida se reunindo com o líder da oposição no Sri Lanka, Ranil Wickramasinghe, em 11 de junho.
Num artigo anterior do Financial Times, Zhou disse ter entregado a Meng Jianzhu o controle operacional de todo o CAPL. Mas Zhou ainda é oficialmente o chefe do aparato de segurança no papel e mantém seu título de secretário.
O chefe do CAPL da província de Shandong foi substituído por um oficial chamado Cai Limin, segundo um artigo da mídia estatal em 5 de junho.
Houve também relatos de poder sendo retirado dos ramos do CAPL na província de Guangdong, Shanghai e na megacidade de Chongqing, na qual Bo Xilai, um aliado de Zhou e ex-secretário do PCC na cidade, foi expulso de forma dramática há dois meses.
Depois que o advogado cego chinês de direitos humanos Chen Guangcheng fugiu ousadamente com sucesso de sua prisão domiciliar em meio a um forte esquema de segurança numa vila na província de Shandong, ele expôs como os oficiais locais do CAPL enriqueciam-se através de sua perseguição.
Chen disse que as autoridades locais lhe disseram que mais de 60 milhões de yuanes (9,5 milhões de dólares) foram gastos para monitorá-lo em 2011, não incluindo o dinheiro usado para subornar oficiais em Pequim.
Enquanto supervisionavam Chen Guangcheng, dois oficiais do Departamento de Segurança Pública de Shandong faziam “dinheiro extra” desviando parte dos enormes fundos alocados para sua segurança. Eles foram capazes de mandar seus filhos para estudar nos Estados Unidos e no Japão, segundo um artigo de 28 de maio do Boxun, um website dissidente de língua chinesa baseado nos EUA, que citava um oficial que trabalhava no Departamento de Manutenção da Estabilidade em Pequim.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.