Ontem, dia 13 de Novembro, a CUT – entidade que recebe dinheiro do imposto sindical -, o MTST – organização que invade prédios alheios, recebe dinheiro do governo federal e tem prioridade em programas da prefeitura de São Paulo – e o Juntos! – organização estudantil comunista – organizaram o “Ato Contra a Direita , Pelos Direitos”.
Nada mais “de trabalhador” do que uma manifestação às 17h no meio da semana. E, claro, houve cobertura isenta e imparcial dos veículos de mídia. Mas, diferentemente do que foi feito com a passeata do dia 1º, os jornalistas não entrevistaram nenhum participante do ato e não localizaram nenhuma faixa com mensagem ou apologia a ditaduras. Só coletaram as citações dos organizadores e não questionaram, em momento algum, as opiniões deles sobre a passeata anti-PT realizada no começo do mês. Cabe perguntar: os jornalistas presentes ao ato de veículos como Folha, Globo e Estadão ao menos portavam identificação de suas empresas ou não o faziam por medo de agressões? Ou será que só acompanharam o “protesto anti-protesto” de cima dos carros de som, longe dos militantes partidários?
O Estadão noticiou que o ato foi organizado pela CUT e pelo MTST e que teve participação de 7 mil pessoas, de acordo com a contagem da PM-SP. Citou falas de Guilherme Boulos, líder do grupo que invade propriedade privada alheia, e de Vagner Freitas, presidente do grupo sindical. Por algum motivo o jornalista não viu bandeiras do PCB, partido que ostenta o símbolo do regime soviético que foi responsável pela morte de mais de 40 milhões de cidadãos, ou bandeiras com o rosto do psicopata Che Guevara, responsável por milhares de mortes por causa da ditadura comunista em Cuba.
Nenhum dos organizadores foi questionado sobre a presença de símbolos de regimes nefastos ou se apoiava ações de censura a imprensa, prisão de inimigos políticos e outros pontos comuns a todos os regimes comunistas.
O jornalista do Estadão ainda descreveu um acontecimento do ato para reforçar a ideia de que os organizadores combatiam as “declarações preconceituosas contra nordestinos”, dita pelo líder do MTST:
No G1, a reportagem também só entrevistou os que tiveram participação ativa, incluindo a ex-candidata a presidência Luciana Genro (PSOL).
Para coroar a reportagem, o jornalista encerra com uma menção ao cantor Lobão:
A reportagem do Terra começa falando que a passeata anti-PT foi pró-intervenção-militar, como se os organizadores tivessem isso como pauta oficial, algo que foi completamente desmascarado no post que fizemos mostrando o viés dos jornalistas que cobriram tal evento. Esta, assim como todas as outroa reportagens, coloca apenas falas dos organizadores, principalmente as de Guilherme Boulos:
Para finalizar, na Folha de São Paulo, a reportagem cita que o ato de ontem foi uma resposta à passeata anti-Dilma do dia 1º. Mas, para não deixar passar em branco, citam que tal manifestação pediu intervenção militar:
Nenhuma reportagem expôs os símbolos comunistas levados pelos manifestantes, ou seja, de pessoas que defendem para o Brasil um regime que, onde implantado, levou a ditaduras e genocídio.
Diferentemente da outra cobertura, não houve entrevista com participantes comuns e a ninguém, nem mesmo aos organizadores, se perguntou se concordavam com as ditaduras cubana, venezuelana, soviética, chinesa e tantas louvadas pelas bandeiras comunistas.
Também não se comentou que era um protesto a favor do governo, uniformizado, organizado e patrocinado por entidades que recebem dinheiro de impostos.
Todos que mencionaram a passeata anti-Dilma reforçaram a caricatura mentirosa da manifestação, muitas vezes flertando com o crime como ao dar espaço aos relatos de Boulos e Luciana Genro quando disseram que aquela pregava o assassinato de todas as minorias no Brasil.
É a isso que chamam de mídia golpista? E mesmo assim querem implantar por aqui uma “Ley de Medios”, para que sejam ainda mais partidários do governo?