A próxima vez que você clicar no “curtir” (“like”) do Facebook, lembre-se que você está revelando um traço de sua personalidade. Mais algumas “curtidas” e analistas serão capazes de traçar um perfil surpreendentemente preciso de sua vida.
Michal Kosinski e David Stillwell, pesquisadores do Centro de Psicometria de Cambridge, em colaboração com a Microsoft, analisaram um conjunto de dados de mais de 58 mil usuários norte-americanos do Facebook, que voluntariaram suas “curtidas”, perfis demográficos e resultados de testes psicométricos por meio do aplicativo myPersonality e do website “youarewhatyoulike“.
“A mensagem principal do estudo é que quer gostem ou não, as pessoas comunicam suas personalidades individuais em seu comportamento online”, disse o autor principal Michal Kosinski.
Kosinski e seus colegas conduziram sua experiência por meio do seu website ao longo de vários anos. O levantamento foi feito com mais de 8 milhões de pessoas que cederam seus dados pessoais e responderam a perguntas sobre traços de personalidade. Uma parte das pesquisas foi então comparada com suas curtidas do Facebook.
Os resultados foram analisados para produzir correlações com características como abertura, conscientização, extroversão, concordância e estabilidade emocional. Outras categorias incluíam QI, religião, política, orientação sexual, idade, sexo, raça, status de relacionamento, uso de álcool e drogas, uso de tabaco, satisfação com a vida, número de amigos – e até mesmo se os pais haviam se separado até a idade de 21 anos dos pesquisados.
O modelo foi mais preciso em determinar se o usuário era homem ou mulher (93%), africano ou caucasiano (95%), orientação sexual (88%), crenças políticas (85%), cristão ou muçulmano (82%), idade (75%), consumo de cigarro (73%), inteligência segundo um teste de QI (40%), extrovertido ou introvertido (43%) e se os pais do usuário havia se separado até seus 21 anos (60%).
O nível do poder de previsão pode ser “interessante para anunciantes”, disseram os pesquisadores. “Por exemplo, os sistemas digitais e dispositivos (como lojas online ou carros) podem ser projetados para ajustarem seu comportamento para melhor atenderem ao perfil preferido de cada usuário”, escreveram eles.
Os dados analisados poderiam ser de qualquer um e usados para vender produtos ou serviços. O medo do roubo de identidades ou seu mal-uso é prevalente. “Os consumidores esperam justamente uma forte proteção da privacidade integrada nos produtos e serviços que usam e esta pesquisa pode muito bem servir como um lembrete para os consumidores terem uma abordagem mais cuidadosa com as informações que compartilham online, utilizando controles de privacidade e nunca compartilhando o conteúdo com desconhecidos”, disse Thore Graepel da Microsoft Research, um parceiro na pesquisa, num comunicado de imprensa de Cambridge.
“Tenho usado o Facebook desde 2005 e continuarei a fazê-lo”, disse Stillwell, um dos pesquisadores. “Mas terei mais cuidado ao usar as configurações de privacidade oferecidas pelo Facebook.”
Algumas correlações interessantes:
Pessoas com alto QI “curtem” principalmente: O Poderoso Chefão, O sol é para todos
Satisfeito com a vida “curtem”: Sarah Palin, ser conservador
Tímidos e reservados “curtem”: mangá, anime, Voltaire
Pessoas neuróticas “curtem”: A Família Adams, Garota Interrompida
Para mais correlações interessantes, visite aqui.
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