A Rússia, país que outrora apoiou grupos de esquerda na América Latina e no Ocidente em geral, agora firma contratos na área técnico-militar com o regime cubano e venezuelano. Eles acreditam que o único inimigo da ilha é seu aliado atual, os Estados Unidos. Já na Venezuela, além dos sérios problemas econômicos, o país tem dificuldades de manter seguras as fronteiras com os países vizinhos, e no interior existe uma calma tensa, esperando as manobras do regime de Nicolás Maduro diante dos resultados das últimas eleições.
“Com Cuba desenvolvemos projetos em aviação e lhes concedemos um empréstimo para que produzam sua própria energia elétrica”, afirmou ontem (14) o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin ao canal estatal Rossia. Ele acrescentou que mantém relações de confiança de ordem técnica e militar com o país, por ser um parceiro sério.
“Com a Venezuela, firmamos importantes acordos. Apesar dos problemas que o país enfrenta, é um grande exportador de petróleo” que sofre com o colapso dos preços desse combustível, disse Rogozin.
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Em 2015, para a Rússia, “A coisa mais importante não era nos fundirmos quando caíram sobre nós algumas sanções artificiais, limitações absurdamente evidentes para a nossa capacidade de comprar (no exterior) aquilo que precisamos para o nosso desenvolvimento”, disse ele. “Apesar destas sanções, temos mantido um elevado nível de cooperação técnico-militar com outros países”, e temos captado muito dinheiro para o orçamento do país, concluiu Rogozin.
O regime do presidente Putin emprestou cerca de 1,2 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares) para Cuba em equipamentos e dinheiro para a instalação e construção de vários geradores termoelétricos na ilha. O crédito será entregue gradualmente entre 2016 e 2024, e deverá ser devolvido no prazo de 10 anos com uma taxa de juro de 4,5%.
Devemos nos lembrar de que em setembro do ano passado o regime chinês emprestou 5 bilhões de dólares para a Venezuela em espécie e em dinheiro para aumentar a produção de petróleo; a Venezuela vende para a China cerca de 640 mil barris de petróleo por dia, e tem a intenção de pagar o empréstimo ao elevar as vendas para um milhão de barris de petróleo por dia.