Essa semana foi caótica para a reputação de nosso país. Depois do ministro israelense dizer que o Brasil é insignificante em relação ao cenário político mundial, surge um novo escândalo de proporções gigantescas, que certamente afetara a reputação do país diante da comunidade internacional. A atual diretoria da Cruz vermelha revelou que doações arrecadadas pela sede brasileira para assistir vítimas de catástrofes ocorridas na Somália, Japão e Região Serrana do Rio foram desviadas de cofres da entidade humanitária.
Uma auditoria encomendada pela própria entidade, atualmente chefiada por um coronel da reserva, descobriu que doações arrecadadas em pelo menos três campanhas foram desviadas de seus objetivos.
As campanhas foram para socorrer vítimas de conflitos na Somália, para fornecer ajuda às vítimas do maremoto de 2011 no Japão e das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro. Nas duas primeiras campanhas, foram desviados R$ 212 mil, na terceira perto de R$ 1,6 milhão.
O montante desviado foi parar nos cofres de uma ONG que pertence à Alzira Qirino da Silva, mãe de Anderson Marcelo Choucino, vice-presidente da Cruz Vermelha Brasileira na época em que as doações foram arrecadadas.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Agora São Paulo, o nome da ONG seria Humanus, e pelo que apuramos, o nome correto é instituto Humanus. O instituto em questão foi reconhecido como de utilidade pública em 2011, conforme Diário Oficial do Estado do Maranhão.
Outra parcela das doações, R$ 523 mil, foi depositada em fundos de aplicações e, depois, teve destino ainda desconhecido.
O atual diretor da entidade no Brasil, Coronel Paulo Roberto, que é militar da reserva do Exército, vai entregar os relatórios da auditoria para a justiça. As irregularidades detectadas são relacionadas a administração anterior, Paulo Roberto disse ainda que a administração internacional já cogita a possibilidade de encerrar as atividades em nosso país.