Cristãos são cada vez mais perseguidos no Iraque pelo Estado Islâmico

08/08/2014 09:00 Atualizado: 08/08/2014 00:09

Os jihadistas do Estado Islâmico invadiram na quinta-feira Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, o que levou dezenas de milhares de pessoas a fugir e o Conselho de Segurança da ONU anunciar uma reunião de emergência sobre a situação.

De acordo com o patriarca caldeu Louis Sako, 100 mil cristãos foram obrigados a abandonar suas casas “com nada além de suas roupas” após a tomada de Qaraqosh e de outras cidades na região de Mossul (norte) pelos combatentes da Estado Islâmico (EI).

Entre as localidades ocupadas estão Tal Kayf, Bartella e Karamlesh, que foram “esvaziadas de seus habitantes”, segundo o bispo Joseph Thomas, arcebispo caldeu de Kirkuk e Sulaymaniyah.

“Este é um desastre humanitário. As igrejas foram ocupadas, suas cruzes foram removidas e mais de 1.500 manuscritos foram queimados”, ressaltou Sako.

“Hoje fazemos um apelo com muita dor e tristeza ao Conselho de Segurança da ONU, à União Europeia e às organizações humanitárias, para que ajudem estas pessoas em perigo”, insistiu o patriarca que teme um genocídio da população cristã iraquiana.

Papa faz apelo

Em Roma, o papa Francisco fez nesta quinta-feira um apelo urgente à comunidade internacional para proteger a população do norte do Iraque.

O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que o pontífice “se une aos apelos urgentes dos bispos” da região pela paz e pediu à comunidade internacional que proteja e garanta a ajuda necessárias às pessoas em fuga.

Tribuna da Internet