O universo é cheio de mistérios que desafiam o nosso conhecimento atual. Em “Além da Ciência”, o Epoch Times coleta histórias sobre alguns estranhos fenômenos para estimular a imaginação e abrir a mente para novas possibilidades. Elas são reais? Você decide.
As crianças que relatam memórias de mortes violentas em vidas passadas podem sofrer de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), de acordo com o psicólogo Dr. Erlendur Haraldsson, professor emérito da Universidade da Islândia, em Reykjavik.
Desde as idades de 2 a 6 anos, as crianças têm maior propensão a falar sobre serem outra pessoa, frequentemente alguém que experimentou algum trauma, como por exemplo, um soldado que morreu na linha de fogo, um piloto de avião que caiu ou uma vítima de assassinato. Depois dos 6 anos de idade, muitas vezes elas perdem o interesse ou até mesmo esquecem o que tinham dito anteriormente. As memórias, sejam realmente de uma vida passada ou imaginadas, podem ter um impacto psicológico negativo sobre a criança.
Algumas se tornam ansiosas e angustiadas por terem deixado sua outra família ou casa, querendo voltar. Algumas têm fobias debilitantes, aparentemente relacionadas com a morte traumática da qual elas se lembram. Outras são assombradas pelos traumas de suas supostas vidas passadas em flashbacks ou pesadelos.
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Os sintomas podem ser muito semelhantes àqueles vivenciados pelos soldados que retornam da guerra com TEPT.
O Dr. Haraldsson citou os critérios da Organização Mundial da Saúde para o diagnóstico de TEPT em seu artigo “Children Who Speak of Past-Life Experiences: Is There a Psychological Explanation?” (Crianças que Falam de Experiências de Vida Passada: Há uma Explicação Psicológica?)”:
1. O paciente foi exposto a uma situação ou evento estressante, de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica.
2. Deve haver lembranças persistentes, revivendo o estresse em “flashbacks” intrusivos ou memórias vívidas.
3. Há uma incapacidade de recordar, ou sintomas persistentes do aumento da sensibilidade psicológica e excitação representados por pelo menos dois dos fenômenos seguintes: dificuldade em adormecer ou em permanecer dormindo, irritabilidade ou surtos de raiva, dificuldade de concentração, hiper vigilância, e uma resposta de sobressalto exagerada.
Um estudo em dezenas de crianças que relataram memórias de vidas passadas, no Líbano e em Sri Lanka (dois lugares com tantas diferenças origens culturais que seriam suficientes para remediar esse fator no comportamento das crianças, de acordo com o psicólogo), Haraldsson notou que eles frequentemente reviviam o trauma e tinham explosões de raiva.
Algumas também tinham maior dificuldade de concentração, alterações bruscas de humor e agressividade, quando comparadas aos seus pares.
O Dr. Jim Tucker, pesquisador sobre reencarnação da Universidade de Virginia, escreveu em seu livro “Return to Life: Extraordinary Cases of Children Who Remember Past Lives” (Retorno à vida: Casos extraordinários de crianças que se lembram de vidas passadas): “Nos casos em que a pessoa anterior teve uma morte não natural, mais de 35% das crianças apresentam um medo intenso do tipo de morte sofrida, um comportamento de esquiva que faz parte do Manual Diagnóstico e Estatístico oficial para critérios de TEPT”.
Seu livro inclui o exemplo de uma criança branca que parecia lembrar-se de ter sido uma garota afro-americana de cerca de 7 anos de idade. A menina se viu caminhando ao longo de uma estrada em um dia quente, observando que suas mãos secas pareciam “cinzas”, e depois se observou ser sequestrada por dois homens caucasianos em um carro antigo que a estupraram e depois a mataram.
Ela tinha uma resposta de sobressalto intensificada, que pode ser relacionada a essas memórias ou visões que ela vivenciava. Ela também apresentava persistentes lembranças diurnas e pesadelos do evento traumático.