Breve introdução sobre o diabético tipo 1:
Atualmente, quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes tipo 1, provavelmente terá que conviver com a doença por toda a sua vida. O diabetes tipo 1 ocorre geralmente em crianças e adultos com menos de 30 anos, mas também pode ser diagnosticada em pessoas com mais do que 30 anos de idade.
O organismo de pessoas com essa doença não produz insulina, por isso há a necessidade de repor este hormônio para que o organismo restabeleça os níveis normais de açúcar no sangue.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que desempenha importante papel no organismo. Sem a produção de adequada insulina, o organismo não é capaz de incorporar adequadamente a glicose dos alimentos. Isso faz com que o nível de açúcar no sangue sub bastante depois das refeições.
Pesquisa no sentido de criar células que produzem insulina:
Uma equipe de pesquisadores dos EUA criaram células produtoras de insulina a partir de DNA de diabéticos. Isso possibilita o desenvolvimento de terapias celulares personalizadas para pessoas com diabetes.
De acordo com uma declaração conjunta da Fundação de Células-Tronco de Nova York (NYSCF, sigla em Inglês) e da Universidade de Colômbia, centros de pesquisa participantes do estudo, os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature.
Por meio de “transferência dos núcleos de células”, os cientistas conseguiram, a partir do material genético obtido de um doador adulto portador da diabetes do tipo 1, fazer células-tronco.
Em 2011, a mesma equipe de pesquisadores já havia conseguido criar células produtoras de insulina produzidas com base no DNA de pessoas com diabetes tipo 1, no entanto, naquela ocasião, as células-troncos resultantes eram triplóides (com três conjuntos de cromossomos), por isso, não puderam ser usadas para fins terapêuticos.
Agora, no entanto, as células obtidas são diplóides, possuem dois conjuntos de cromossomas (o número normal de conjunto de cromossomos nas células humanas), de modo que podem ser usadas para desenvolver tratamentos celulares personalizados.
O diretor de pesquisa da NYSCF, Dieter Egli, explicou que “reprogramar” células e transformá-las em células beta, que produzem insulina, é “um passo mais perto de poder ser capaz de tratar pacientes diabéticos com suas próprias células produtoras de insulina”.
Pacientes com diabetes tipo 1 não têm células beta , levando-os a deficiência na produção de insulina e consequente níveis elevados de açúcar no sangue.
Como as células são produzidas a partir de material genético do próprio paciente, há total compatibilidade.
Desse modo, os pesquisadores esperam que o estudo possa ajudar na cura da diabetes tipo 1, embora reconheçam que este é apenas um primeiro passo, porque o sistema imunológico ataca as células beta terapêuticas do diabético e, portanto, é preciso desenvolver proteção para essas células.
A publicação deste estudo resultou de um projeto iniciado em 2006 na Universidade de Harvard (Massachusetts), mas que foi forçado a se mudar para Nova York e fazer testes em centros financiados inteiramente por capital privado para superar obstáculos legais para a pesquisa células-tronco.