A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira reúne-se nesta quarta-feira (2) às 14h30 para definir as primeiras audiências. Na reunião, o relator Odair Cunha (PT-MG), apresentará o plano de trabalho da CPMI que investigará as articulações do contraventor Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira com funcionários públicos e privados, segundo Agência Câmara de Notícias.
Até sexta-feira da semana passada (27), foram apresentados 167 requerimentos de documentos sigilosos, convocações de depoentes e pedidos de quebra de sigilos bancários e fiscais, informa a Agência.
Além do acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento em jogos ilegais, Carlinhos Cachoeira, um dos principais nomes solicitados para prestar depoimentos à CPMI são da empresa Delta Construções, o sócio majoritário, Fernando Cavendish e o ex-diretor da empresa, Cláudio Abreu. A maior empreiteira do país é acusada pela Polícia Federal (PF) de pagamento de propina para contratos e operações ilegais, tais como doações de campanha e nomeações de políticos, segundo a Agência.
Brava Construções e Terraplenagem, empresa de fachada, conforme considerada pelas investigações, seria responsável pela lavagem de dinheiro da Delta, também foi citada nos requerimentos dos parlamentares. Outras empresas, Alberto e Pantoja, também de fachada segundo a PF, têm o mesmo endereço em Brasília, onde seria uma oficina mecânica, apontou Agência.
Outros nomes solicitados para prestar depoimento à CPMI são do contador Geovani Pereira da Silva, foragido e procurado pela PF e acusado de ser tesoureiro de Cachoeira; o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o senador Demóstenes Torres, também de Goiás e Agnelo Queiroz do Distrito Federal (os três foram pegos nas escutas telefônicas com Cachoeira), informa Agência.
Os parlamentares também requerem os depoimentos do procurador-geral da República, Roberto Gurgel e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em documento da Câmara dos Deputados.
Na reunião desta quarta também será eleito o vice-presidente da CPMI, cargo reivindicado pela oposição, para tornar mais equilibrada o comando da Comissão, informou a TV Câmara de notícias.