Nesta quinta-feira (31) de manhã, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) não deu seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. O senador usou o seu direito constitucional de permanecer calado. O depoimento foi suspenso finalizado por tumulto e discussão entre parlamentares.
O tumulto entre parlamentares começou com os comentários que o deputado Silvio Costa (PTB-PE) fez ao depoente. Ele iniciou sua fala dizendo que o silêncio de Demóstenes não é o silêncio dos inocentes. Chamou o senador de hipócrita e demagogo. Acusou Demóstenes de pertencer à quadrilha de Carlos Cachoeira, quando foi interrompido pelo senador Pedro Taques.
Taques pediu que o deputado respeitasse o depoente e pediu ao presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-GO), a dispensa de Demóstenes, como foi o caso dos outros depoentes que permaneceram calados. “Não podemos ofender um estado brasileiro, que o senador representa, mas também não aceito que qualquer ser humano seja desrespeitado, não apenas um senador”, disse Taques a Demóstenes. O presidente da CPMI, encerrou a sessão devido aos ânimos acirrados entre os dois parlamentares, segundo a Agência Câmara de Notícias.
O presidente da Comissão informou ainda na reunião de hoje que o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, à CPMI foi marcado para 12 de junho. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, será ouvido no dia 13 de junho.
Na quarta-feira (30), o advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, esteve no Senado Federal para pedir dispensa do senador para apresentar depoimento à CPMI. O presidente da Comissão negou o pedido, informou a Agência.