Cortes das emissões de carbono dos EUA ultrapassados por mais emissões chinesas

22/02/2013 16:33 Atualizado: 22/02/2013 21:32
Visão aérea de uma usina termoelétrica na Ilha de Lamma em Hong Kong (Laurent Fievet/AFP/Getty Images)

Os Estados Unidos têm se empenhado nos últimos anos para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, no entanto, dados recentes mostram que, embora os Estados Unidos e outros países estejam cortando suas emissões de carbono, países em desenvolvimento como a China e a Índia estão aumentando em muito suas taxas.

Segundo um relatório da Administração de Informação Energética (EIA) norte-americana, que projetou que 57 usinas de carvão seriam fechadas, os Estados Unidos enceraram um número recorde de usinas fósseis em 2012. Eles também construíram um império de turbinas eólicas, com 12 mil megawatts planejados para conclusão apenas em 2012, segundo a EIA.

Além disso, o uso médio de petróleo e produtos petrolíferos pelo cidadão caiu em 4% desde 2008, segundo o San Antonio Express-News, reduzindo um dos maiores contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa.

O dióxido de carbono (CO2) é o principal contribuinte para o efeito estufa, com 84% dos gases de efeito estufa em 2010 sendo compostos de CO2, segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

Na escala mundial total, cerca de 8 bilhões de toneladas métricas de CO2 estão sendo produzidas, segundo dados da EIA, e essas emissões devem subir para cerca de 10 bilhões de toneladas métricas até 2025.

Por volta de 2018, os países em desenvolvimento como a China e a Índia deverão ultrapassar os países já industrializados nas emissões de CO2. Atualmente, os países industrializados produzem cerca de 3,750 bilhões de toneladas de CO2, enquanto os países em desenvolvimento geram 3 bilhões de toneladas, segundo dados da EIA.

Em 2008, os Estados Unidos contribuíram com cerca de 19% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, segundo a EPA, e esse número tem diminuído lentamente, com os Estados Unidos tendo reduzido as emissões de CO2 em cerca de 500 milhões de toneladas desde 2008.

De acordo com um relatório da Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, a China já ultrapassou os Estados Unidos em emissões de CO2. Em 2006, a China ultrapassou os Estados Unidos em 8% nas emissões de CO2. No ano anterior, os Estados Unidos ainda eram o maior poluidor mundial, com a China apenas 2% atrás.

Atualmente, os Estados Unidos é o segundo maior produtor mundial de CO2 e a China lidera. Outros países em desenvolvimento como a Índia continuam a avançar e podem se aproximar no futuro. Há muito atenção internacional sobre as emissões de carbono e temores de que países em desenvolvimento ignorem os gases de efeito estufa.

Este ano, a 9ª Conferência Internacional de Dióxido de Carbono será realizada em Pequim, capital da China, no início de junho. Participantes discutirão a situação climática atual relacionada com as emissões de carbono e iniciativas para a “gestão e sequestro de carbono para a mitigação/adaptação da mudança climática e o desenvolvimento sustentável”, segundo o website da conferência.

Além disso, segundo a EPA, um ar mais limpo é mais saudável para o ser humano e salva vidas. A análise de 2011 da agência concluiu que as emendas à Lei do Ar Limpo nos EUA preveniram 160 mil mortes prematuras em 2010 e evitarão outras 230 mil em 2020. Assim, a economia também é impulsionada com o dinheiro não gasto em tratamentos de saúde, para não mencionar os 17 milhões de dias de trabalho que não serão perdidos devido à doença.

No entanto, com os países em desenvolvimento superando os Estados Unidos e outros, essas tendências positivas poderiam se inverter e permanece uma questão se os países em desenvolvimento se juntarão aos países mais desenvolvidos na redução das emissões.

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