Corrupção envolve os Kirchner na Argentina

25/04/2013 17:11 Atualizado: 25/04/2013 20:45
Jornalista Lanata mostrou provas de uma investigação que associaria o ex-presidente Néstor Kirchner com a lavagem de dinheiro
O empresário Lázaro Báez com o presidente argentino Néstor Kirchner (Imagem de tela)

Uma denúncia grave feita pelo jornalista Jorge Lanata em seu programa no Canal 13 recai sobre Cristina Kirchner e seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em relação à lavagem de dinheiro no valor de pelo menos 50 milhões de euros, que teriam sido desviados para paraísos fiscais.

Lanata em seu programa “Jornalismo para Todos” (PPT) informou que até quinta-feira passada na sede do prédio do Centro Madero em Buenos Aires se realizava uma grande fraude. Leonardo Fariña e Federico Elaskar, que participaram neste ato criminoso, revelaram as tramas e o manejo destas operações. Suas declarações pontilham todo o período do governo Kirchner.

Presumivelmente, milhões provenientes de Lázaro Báez, um empresário de Santa Cruz, foram entregues por Fariña a Elaskar para que este, por meio de sua financeira SGI, desviasse os valores para paraísos fiscais. A transferência física do dinheiro ocorria num avião de Báez desde Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, de onde se originaram os Kirchner, ao aeroporto de San Fernando em Buenos Aires, para que depois de uma pequena escala terminasse a viagem em Montevidéu, onde por meio de transferências para contas correntes e empresas fantasmas no exterior o dinheiro escapava.

“Você não tem dimensão da estrutura que foi armada por Néstor (Kirchner). Posso lhes assegurar que ele cuidava de tudo pessoalmente, fez um plano para lavagem de US$ 190 milhões”, disse Fariña, diante de uma câmera escondida, a Lanata. Também afirmou que Lázaro Báez é sócio de Kirchner, que tem uma fortuna estimada em US$ 5 bilhões.

Num novo programa do PPT, Lanata apresentou documentação que liga empresarialmente a Lázaro Báez e o falecido Néstor Kirchner à Austral Construções SA, uma empresa construtora que ganha quase todas as licitações para obras públicas no sul do país desde o início do mandato de Kirchner.

Numa investigação chamada “Lázaro Báez, o poder do empresário K”, Lanata mostrou o crescimento patrimonial desmedido de Báez, estimado numa fortuna de US$ 5 bilhões. Demonstrou também a criação da Teegan Inc., que está localizada no paraíso fiscal do Panamá e que destina grandes somas de dinheiro a um banco na Suíça. A conta está no nome de Martín, o filho de Báez, o que foi confirmado pelo próprio banco.

As evidências refutam as declarações de Báez que negou a lavagem de dinheiro, o mesmo vale para Elaskar e Fariña, que se retrataram após suas primeiras declarações.

Embora a documentação fosse apresentada à justiça e esteja sob investigação, a posição do governo é clara. O chefe de gabinete Juan Manuel Abal Medina disse à rádio La Red que o caso “é um show midiático” e que da parte do governo não há qualquer preocupação.

Este escândalo vem à tona em meio a fortes protestos de milhares de argentinos contra o oficialismo liderado por Cristina Kirchner. Os protestos organizados pelas redes sociais que ocorreram na quinta-feira passada, chamado 18A, foi a terceira grande mobilização nos últimos sete meses.

Um grande público participou e mostrou sua rejeição à corrupção, à insegurança e à reforma do sistema judicial promovidas pelo oficialismo; os manifestantes exigiram o fim da era Kirchner. Raúl Castells, ativista do Movimento dos Pensionistas e Desempregados, disse a CNN na Plaza de Mayo que este é “o governo mais corrupto desde a ditadura militar”. Dados do próprio governo reconheceram a participação de mais de um milhão de pessoas nos protestos.

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