A Coreia do Norte comentou os distúrbios em Ferguson, no Missouri, afirmando que os Estados Unidos são o “cemitério dos direitos humanos” e que aquele país devia meter-se em sua vida ao invés de criticar os outros.
Um jovem negro de 18 anos foi morto a tiros em nove de agosto por um policial branco no subúrbio norte-americano de Ferguson, na cidade de Saint Louis, estado do Missouri.
O incidente deu a países como China, Irã e Rússia “armas” para atacar os Estados Unidos.
A Coreia do Norte, que é regularmente condenada por Washington por alegados abusos dos direitos humanos, disse que os Estados Unidos não tinham direito de julgar os outros.
“Os Estados Unidos são, de fato, um país desenfreadamente violador dos direitos humanos, onde as pessoas são vítimas de discriminação e humilhação devido à sua raça, e onde estão sob constante medo de levar um tiro a qualquer momento”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, citado pela agência de notícias norte-coreana KCNA.
“Não deveriam procurar soluções para os seus problemas ao reprimir manifestantes, mas trazer à luz do dia a verdadeira imagem da sociedade norte-americana, um cemitério dos direitos humanos, e ter uma percepção correta do que são os verdadeiros direitos humanos e como devem ser garantidos”, disse o porta-voz.
Estima-se que a Coreia do Norte tenha 120 mil presos políticos em seus “gulags”, e que os residentes que fogem do país são enviados para a prisão ou executados.
“Os Estados Unidos fariam melhor se cuidassem dos seus próprios assuntos, em vez de interferirem com as questões internas de outros países”, disse o porta-voz.