Coreia do Norte ‘sob lei marcial’ antes de teste nuclear

02/02/2013 14:59 Atualizado: 02/02/2013 14:59
Ativistas usam máscaras do líder norte-coreano Kim Jong-Un e sua esposa Ri Sol-Ju (esquerda) enquanto pedem dinheiro durante uma manifestação anti-Pyongyang que apela para que a Coreia do Norte abandone as armas nucleares, em Seul, em 31 de janeiro (Kim Jae-hwan/AFP/Getty Images)

A Coreia do Norte está agora sob lei marcial e o líder Kim Jong-Un orientou suas tropas da linha de frente para se prepararem para a guerra, em meio a relatos de que Pyongyang realizará seu terceiro teste nuclear, segundo a imprensa sul-coreana na quinta-feira.

Kim Jong-Un deu a ordem secreta para “completar os preparativos para um teste de armas nucleares entre terça-feira e ontem [quinta-feira]”, relatou o JoongAng Ilbo, um diário nacional sul-coreano. “O país estará sob lei marcial desde a meia-noite de 29 de janeiro e toda a linha de frente e as unidades centrais devem estar prontas para uma guerra”, teria dito Kim Jong-Un.

Uma fonte na província norte de Hamkyung disse ao website Diário NK que em 30 de janeiro, “a mudança de status de preparação para mobilização de combate foi declarada hoje à meia-noite”.

De acordo com o Diário NK, a Coreia do Norte tem diversos estados de prontidão para seus militares, “alerta, alerta de combate, preparação para mobilização de combate, mobilização de combate, eminência de guerra e estado de guerra.” Isso significa que dos seis estágios a Coreia do Norte está atualmente no terceiro passo.

“Operários e camponeses da Guarda Vermelha foram equipados com armas de verdade em vez de réplicas e os serviços de segurança saíram às ruas para manter a ordem”, disse a fonte.

Em 1993, a Coreia do Norte retirou-se do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e então instruiu os militares a estarem em “eminência de guerra”.

Devido às grandes restrições da mídia no recluso Estado comunista é quase impossível dizer se Pyongyang tomará qualquer medida adicional.

Kim Jong-Un também deu ordens específicas para que se tomassem “medidas de Estado eficazes e prioritárias” e “atribuiu tarefas específicas” aos oficiais, informou o JoongAng. Estas diretivas foram aparentemente desencadeadas após o Conselho de Segurança das Nações Unidas impor mais sanções sobre o regime.

O jornal também informou que um teste nuclear ocorreria mais cedo do que o esperado, possivelmente em 16 de fevereiro, que é o aniversário da morte do líder Kim Jong-Il.

A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em 2006 e fez outro teste subterrâneo em 2009. O teste nuclear é atualmente planejado em resposta às sanções e críticas após o lançamento bem sucedido de um foguete, que Pyongyang alegou ser para colocar um satélite em órbita, mas depois afirmou ser basicamente um míssil balístico.

Na quinta-feira, a Coreia do Sul alertou o Norte que ele enfrentaria “graves consequências” se o teste nuclear prosseguisse, segundo a mídia Yonhap.

“Se a Coreia do Norte ignorar a situação e prosseguir com uma nova provocação, isso terá consequências muito graves”, disse o porta-voz presidencial Park Jeong-ha ao Yonhap. “O governo pede a Coreia do Norte que suspenda imediatamente todas as palavras e ações provocativas e cumpra suas obrigações internacionais.”

O Yonhap citou um funcionário do governo sul-coreano dizendo que se o teste nuclear for realizado, isso servirá para reforçar a moral dos militares em apoio a Kim Jong-Un e será usado para reunir o público.

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