Coreia do Norte proíbe a entrada de sul-coreanos no Complexo Industrial Kaesong, tensão aumenta na fronteira

03/04/2013 13:50 Atualizado: 03/04/2013 13:50
A cidade de Kaepoong, vista da fronteira sul-coreana em 2 de abril de 2013 (Jung Yeon-je/AFP/Getty Images)

A Coreia do Norte anunciou hoje que fechou a entrada de trabalhadores e gerentes sul-coreanos que viajam diariamente ao Parque Industrial Kaesong, onde empresas do Sul se instalaram no Norte da fronteira.

O país comunista advertiu que não deixará sul-coreanos entrarem, mas permitirá a saída dos que ainda estão na região fronteiriça. No entanto, após algumas horas, ainda permaneciam mais de 800 pessoas, orientadas pelas empresas a lá ficarem, independente da proibição, informou a agência Yonhap.

Após receber a notificação oficial, o porta-voz Kim Hyung-seok, do Ministério da Unificação de Seul, disse à imprensa que “o governo sul-coreano lamenta profundamente a proibição da entrada e urge que se ela seja removida imediatamente”.

Tanques sul-coreanos atravessam uma ponte que divide um rio próximo da fronteira com a Coreia do Norte (Kim Jae-hwan/AFP/Getty Images)

Segundo Kim Hyung-seok, havia 861 sul-coreanos e sete trabalhadores estrangeiros no complexo Kaesong antes da proibição. Três deles regressaram ao redor do meio dia, seguidos de seis outros às 18h da tarde.

Estava previsto que 484 sul-coreanos retornassem, mas os empresários pediram que seus trabalhadores permanecessem independente da proibição, para manterem as fábricas funcionando.

O porta-voz advertiu ao governo comunista que para que o Norte atraia investimentos estrangeiros, tem de haver confiança não apenas entre as Coreias, mas do resto do mundo, segundo o Yonhap.

Os funcionários do Serviço de Alfândegas, Imigração e Quarentena (CIQ) em Paju, a uns 50 km ao noroeste de Seul, confirmaram que o Norte não emitiu permissão que autorize a viagem diária de gerentes e de carregamento do Sul.

O porta-voz Kim Kwan-jin do Ministério da Defesa sul-coreano disse que busca uma solução diplomática para garantir a segurança das pessoas que se encontram em Kaesong, nas fábricas instaladas em 2003. Ele afirmou que uma operação militar seria apenas o último recurso.

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